quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
CRITICAR O PAPAI NOEL....
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
TEMPOS NEBULOSOS
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
MULHER "GRUDENTA"
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
PARA QUE SERVE O NATAL?
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
MEDO DE GOSTAR....
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
QUEM AINDA SEGUE O QUE DIZ BENTO 16?
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho
“Se o papa Bento 16 e a Igreja Católica são a favor ou contra o uso da camisinha (ou do aborto ou da união entre pessoas do mesmo sexo) é absolutamente irrelevante e não deveria fazer a menor diferença”.
Qual o efeito prático de tanto barulho em torno da manifestação papal sobre o uso de camisinhas? Vai mudar alguma coisa? Já posso imaginar os sindicatos de prostitutas em todo o mundo convocando assembléias extraordinárias. Gigolôs em polvorosa. Farmácias e camelôs providenciando reforço nos estoques de preservativos e indústrias comprando novos equipamentos para aumentar a produção.
Depois da sua extemporânea e infeliz intromissão na recente eleição presidencial brasileira, em que ressuscitou a questão do aborto, já estaria na hora de alguém mais próximo ao papa recomendar-lhe um bom repouso, antes de voltar a se manifestar sobre o uso de preservativos por prostitutas, o que obrigou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, a sair dos seus cuidados e vir a público no final de semana para “explicar” o que Bento 16 queria mesmo dizer.
“No raciocínio do papa, está claro que não se trata de uma mudança revolucionária”, mas de uma “visão compreensiva”, para levar uma humanidade “culturalmente muito pobre rumo a um exercício mais humano da sexualidade”, disse Lombardi, em nota distribuída pelo Vaticano. Ah, bom…
Sempre me pergunto o que padres, bispos e papas entendem deste assunto, já que estão condenados ao celibato eterno, a ponto de dar lições de moral a nós pecadores, ainda mais depois das reiteradas denúncias da prática de pedofilia envolvendo religiosos que agora vêm a público. Não seria mais razoável cuidar primeiro do seu próprio quintal?
No livro-entrevista publicado pelo jornalista alemão Peter Seewald, o papa disse que não ficou “totalmente surpreso” com os escândalos dos padres pedófilos, mas que a repercussão do caso provocou-lhe “um choque enorme”.
Menos mal que Bento 16, nesta mesma entrevista, tenha questionado a infabilidade papal — “já que um pontífice também erra” — como ele mesmo tem feito questão de provar desde que assumiu o trono de Pedro.
“Obviamente, o papa pode se equivocar. Ser papa não significa se considerar um soberano cheio de glória, mas alguém que dá testemunho do Cristo crucificado”, afirmou ainda o papa alemão. Aos 83 anos, ele admite que “as forças vão diminuindo”, o que sugere aplicar a ele o mesmo ”silêncio obsequioso” que recomendou ao frade franciscano Leonardo Boff, meu bom e velho amigo, antes de expulsá-lo da igreja.
Diante da contínua perda de fiéis para outras denominações religiosas, seria de bom senso recomendar ao chefe da Igreja Católica, que disse não pensar em renúncia, para ocupar seu tempo mais com o seu público interno para saber o que acontece nas sacristias e menos em dar lições de moral ao rebanho.
Como bem diz o leitor Renato Khair:
Extraído do site: www.vermelho.org.br
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
TRIUNFO DAS NULIDADES
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
UM IMPÉRIO EM GUERRA CONTRA A VERDADE E A LIBERDADE DE IMPRENSA
O ódio despertado na maior potência capitalista do planeta pelas verdades inconvenientes reveladas pelo Wikileaks lembra o macartismo dos anos 1950, ao mesmo tempo em que sinaliza o avanço político das forças conservadores e de extrema-direita no país. A ex-governadora do Alasca e candidata a vice-presidente pelo Partido Republicano nas últimas eleições presidenciais, Sarah Palin, comparou Assange a Obama Bin Laden. Colunistas como Jonah Goldberg, da National Review, entre outros, apelam ao assassinato puro e simples do jornalista. “Por que Assange não foi estrangulado no seu quarto de hotel anos atrás?”, indagou em artigo reproduzido recentemente numa rede de jornais.
Hipocrisia
Respaldados por um poderoso aparato mediático, que compreende a cumplicidade da mídia golpista da América Latina, os imperialistas americanos gostam de mascarar sua política reacionária com falsos sermões sobre defesa da democracia, bem como da liberdade de imprensa e expressão. A raivosa ofensiva contra o Wikileaks mostra a hipocrisia dos ideólogos e políticos ianques.
O alvo não é apenas Assange, perseguido de forma implacável a pretexto de práticas sexuais ilegais, inclusive com uma “dissidente” cubana. Com apoio no imperialismo europeu, colocaram até a Interpol no encalço do fundador do site rebelde. Mas não ficaram nisto. Tentaram inviabilizar por todos os meios o próprio Wikileaks, pressionando o Amazon a retirá-lo do seu servidor e chantageando financiadores, entre outros meios.
Um império de mentiras
O bordão (defesa da democracia e da liberdade de imprensa) funciona quando é do interesse do império e da mídia servil e o alvo é Cuba, Venezuela, Argentina ou Irã. Quando os segredos e os crimes do Estado imperialista são expostos a ordem é perseguir e calar quem divulga verdades inconvenientes. A diplomacia dos EUA é movida a mentiras (armas de destruição em massa no Iraque, por exemplo), tortura (Guantânamo e Abu Ghraib) e assassinatos. É hostil à verdade, incompatível com a verdadeira liberdade de imprensa e, tal como um vampiro, não resiste à luz do dia.
Da redação – Site www.vermelho.org.br
Leia também
• Julian Assange: Wikileaks merece proteção, não ameaças e ataques
• Assange: Procurado pelo império, morto ou vivo
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
PURA CHATICE...SERÁ?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
FASES E TEMPOS DE CADA "SER"
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
BOAS...MÚSICAS...PARA PENSAR....
terça-feira, 30 de novembro de 2010
AS MULHERES...E AS ESTATÍSTICAS...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
...QUANDO NÃO PLANEJAMOS...
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
NIETZSCHE E ZARATHUSTRA
"...Mas sua tarefa é solitária. Toda a civilização é produto de bases falsas, os eruditos são os que têm maior responsabilidade para lutar contra esse defeito, e questionar os próprios princípios. A cultura encontra-se em decadência, como resultado do afastamento da força da vida, tão escassa no universo. Nietzsche se afastou, ao enxergar a verdade cada vez mais longe. Mas pagou sua dívida por esse afastamento ao criar seu herói solitário, Zarathustra, um questionador da cultura e civilização, bem como da moral e valores sobre o qual ela se apóia. A tarefa de conscientização de Zarathustra não é fácil, ele encontra a ignorância do "populacho" em um tempo não definido. Zarathustra é o personagem principal de um romance filosófico-poético. Com trinta anos, sobe à montanha para escapar dos males das relações humanas e adquirir conhecimento da natureza. Vive em exposição aos elementos naturais, e junto aos seus animais (uma águia e uma serpente). Lá vive por dez anos, até saciar de seu conhecimento como abelha que produz muito mel, e parte para o convívio humano. A narrativa é pouca, o que preenche o livro são os discursos de Zarathustra. Ao descer encontra um velho e depois de dialogar se interroga: "será possível que este homem santo não saiba que deus morreu?" Nietzsche já havia feito essa afirmação na Gaia ciência, e desenvolve com Zarathustra. Os Deuses morreram de tanto rir, ao ouvir a afirmação de que só existe um Deus. Nietzsche pretende colocar com essa afirmação que a civilização racional afastou as interpretações místicas do mundo, prevalecendo na Terra, o senso comum, e nele não há lugar para Deus, pois o homem não pode suportar não ser Deus, e portanto Ele não existe. A ignorância do dogmatismo faz com que acreditemos em coisas absurdas. Pelo fato de não podermos explicar, colocamos nossas esperanças no fim das frustrações no além .
Para substituir a divindade morta, Nietzsche sugere o super-homem: o bom senso da Terra. O que há de nobre do homem é ser ele um fim , e não um meio. O super-homem é a ponte, é ele o raio. O homem é algo que será superado. Ele é o resultado da vontade de potência exercida, um paradigma da virilidade e virtuosismo. Se coloca além do bem e do mal, e fez seus valores em pedaços. O povo ri do discurso de Zarathustra, que resolve não pregar mais em praças.
Ao longo do livro Zarathustra viaja e expõe sua doutrina sobre assuntos diversos, adquirindo alguns discípulos. Os poetas mentem em demasia, Zarathustra expõe a verdade. É um apoio à margem do rio, mas não uma muleta. Por trás de toda a moralidade existe a vontade de poder. O homem deve exercer o poder da vida, de modo a servir de solo ao super-homem. A moral é uma força contrária à natureza. Para chegar ao super-homem, Nietzsche não descarta a eugenia, a procriação para fins de superação. Passa-se o sangue e a alma para o filho, que continua as obras. O sangue é espírito também. A educação deve enobrecer o espírito humano, e não restringi-lo. Uma vida viajante faz com que não nos prendamos em rotinas, tem que se viver em estado de alerta, como guerreiro. Zarathustra só poderia crer num Deus que dança, pois todos os dias em que não há danças estão perdidos. Zarathustra critica o Estado, pois ele não representa o povo. Tudo nele é falso, diz Zarathustra. O homem deu valores às coisas afim da auto-conservação, um valor humano, inadequado. A humanidade não existe, pois é uma abstração.
Os sábios servem o povo e a superstição, não a verdade. Ela está onde o povo está. Zarathustra conversa com a vida e com os animais, que chegam a cuidar dele em sua época de doença e delírio. A vida lhe confia um segredo: "Olhe, eu sou o que deve ser superior a si mesmo". Zarathustra crítica os estultos e ama a liberdade. É o último dos sábios, e conhece a arte da retórica.
Zarathustra parte em busca de novos horizontes, Primeiro vai para as ilhas bem aventuradas, depois se aventura para além do oceano. Passa pela cidade dos tolos, escorraça-os. Encontra aquele que matou Deus, sempre em busca do homem superior. Mas volta para a terra onde morava, quer retornar à sua gruta. Ouve o grito do homem superior, e no caminha encontra diversas personagens: os reis, o viajante, o homem mais feio, o mendigo. Convida-os tanto para um jantar em sua gruta, onde se dá a ação final. Lá há espaço e comida para todos. Zarathustra consegue o reconhecimento desses homens, com seu pensamento, que de modo crítico, coloca a arte e poesia como força criadora e de vida, o único valor possível.
Os outros livros de Nietzsche são influenciados pelo o de Zarathustra. Nietzsche se superou, como pensador da cultura e artista. Sua influência na filosofia posterior é grande, como em Deleuze, Heidegger e Foucault. Depois da segunda guerra, houve uma retomada da interpretação de sua filosofia, em sua acepção original, não deturpada. Fez a crítica da modernidade, e seu bravo peito desbravou os horizontes possíveis com o artifício da linguagem, e não cedeu diante as adversidades, em sua vida incomum. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filólogo e filósofo, foi um grande escritor. Suas obras têm um tom profundo e coeso, como em Platão."
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
MIKHAIL BAKUNIN
Segundo Carlo Cafiero e Elisée Reclus (Genebra,1882) "...amigos e inimigos sabem que este homem foi grande no intelecto, na vontade, na energia perseverante; sabem que grau de desprezo ele ressentia pela fortuna, pela posição social, pela glória, todas estas misérias que a maioria dos humanos têm a baixeza de ambicionar. Fidalgo russo, aparentado da mais alta nobreza do império, entrou, um dos primeiros, nesta orgulhosa associação de revoltados que souberam se libertar das tradições, dos preconceitos, dos interesses de raça e de classe, e desprezar seu bem-estar. Com eles enfrentou a dura batalha da vida, agravada pela prisão, pelo exílio, por todos os perigos e todas as amarguras que os homens devotados sofrem em sua existência atormentada.
Uma simples pedra e um nome marcam no cemitério de Berna o lugar onde foi depositado o corpo de Bakunin. E, talvez, muito para honrar a memória de um lutador que tinha as vaidades deste gênero em tão medíocre estima! Seus amigos não farão construir para ele, certamente, nem faustosos túmulos nem estátua. Sabem com que amplo riso ele os teria acolhido se lhe tivessem falado de um jazigo edificado em sua glória. Sabem também que a verdadeira maneira de honrar seus mortos é continuar sua obra - com o ardor e a perseverança que eles próprios dedicam a ela."
A trajetória de Bakunin é marcado por idéias e reflexões, podendo ser destacadas o conceito de liberdade, o ateísmo, o anarquismo coletivista, o federalismo, o materialismo, a crítica ao marxismo, a educação integral e a concepção de revolução social. Bakunin é um ícone do anarquismo e da revolta; a sua imagem segue sendo reproduzida em grafites nas ruas de grandes centros urbanos ou impresso em revistas, pets, camisetas e zines, em grande medida entre os adeptos da subcultura anarco-punk. Não é incomum que em algumas noites grupos de jovens entrem no cemitério e se reúnam para beber junto ao túmulo de Bakunin.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
COISAS DO TEU BLOG
Munir.....
Hoje resolvi escrever para você....achei melhor não colocar no teu blog....afinal ninguém precisa saber que sou eu a amiga que te questiona sobre escrever mal das mulheres.....
Realmente entender a alma feminina não é para qualquer um... somos complexas, somos difíceis...somos; quase não nos compreendem..com certeza. Porém, o que nos diferencia de vocês homens é que somos sonhadoras, nos apegamos com facilidade, nos deixamos levar pelos sentimentos e esquecemos que a razão é um bom caminho para não nos perdermos.
Mas dentro de nossa complexidade...assim é o que todos dizem!!!! somos simples, pelo simples fato de que só queremos ser felizes, ter alguém que nos ame, respeite, que saiba nos entender pelo olhar.....coisa que vocês homens com todo o raciocínio lógico, habilidade e agilidade não conseguem compreender e nem interpretar.......
Ah, e sobre tuas perguntinhas básicas, não vou falar por todas, mas por algumas, por quê você bem sabe que toda regra tem exceções......ir ao banheiro acompanhada, é uma tática....para analisarmos os gatinhos, falar sobre as barangas que estão “tentiando” quem a gente está de olho, ou até mesmo para a amiga dizer se a gente continua arrumadinha (maquiagem, batom.....)...sobre o cabeleireiro, ah Munir....é óbvio, deixar a auto estima lá em cima....quem que quando não está mal, estressado não quer se sentir melhor!!!! a aparência por pior das hipóteses, é uma fonte inesgotável de auto estima, que nos deixa de bem com a vida, de bom humor e muitas vezes até nos faz sentir competentes, poderosos.....Bom, sobre se arrumar para impressionar outras mulheres.....já não posso opinar.....por quê, eu, quando saio me arrumo para impressionar alguém do sexo oposto ao meu....heheheheh....já não vou poder te responder.....ou tentar!!!!
E não pense que estou brava com você, por estar escrevendo tudo isso....
Só acho que quem sabe na tua próxima escrita no blog, você consiga encontrar algo de bom em nós mulheres.....e transcreve-la....heheheheheh.............
Te desejo uma boa semana
bjo...
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
NÃO ESCREVO MAL DAS MULHERES
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
AS MULHERES E A OBSESSÃO POR CARROS - PARTE II
terça-feira, 16 de novembro de 2010
AS MULHERES E A OBSESSÃO POR CARROS
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
UMA MULHER IRRITANTE...
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
VERDADES E MENTIRAS X BEM E MAL
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
PATRICINHA FASCISTA
A estupidez está sempre ao alcance de todos. Mayara Petruso, patricinha paulista, estudante de Direito, saiu do anonimato para fama, via Twitter, graças a um coice na inteligência nacional.
Indignada com a vitória de Dilma Rousseff, a moça disparou este petardo: "Nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado. Tinham que separar o Nordeste e os bolsas-vadio do Brasil (...) Construindo câmaras de gás no Nordeste, matando geral". No Facebook, a burrinha racista se atolou um pouco mais: "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171". Mayara já perdeu o emprego no escritório onde trabalhava e sofrerá ação judicial protocolada pela OAB.
Alguns jovens universitários paulistas têm revelado um grau superior de idiotice. Depois da turminha que hostilizou uma guria por causa da sua minissaia, apareceu o bando do "rodeio das gordas", propondo tratar meninas obesas como animais. E agora entra em cena a tal Mayara. O escândalo maior é imaginar que isso representa uma opinião média difundida na Internet. Como será que a mulinha Mayara explica a vitória de Dilma em Minas Gerais? Achar que as ajudas sociais são incentivos à vagabundagem é típico de uma elite primitiva ou de uma classe média ignorante. Qualquer país civilizado, a começar por França, Alemanha, Inglaterra e, evidentemente, países escandinavos, oferece mais ajudas sociais que o Brasil. Não adianta ir à Europa só para comprar bolsas Vuitton. É preciso espiar o cotidiano.
Quem não recebeu e-mails dizendo que Dilma não podia ser candidata por ter nascido na Bulgária? Quantos analistas têm por aí sugerindo que os nordestinos são subeleitores que votaram com o estômago? Quando um empresário escolhe um candidato seduzido pela possibilidade de redução de impostos, o que é legítimo, não se trata de voto por interesse? Não é voto com o bolso? Quando ruralistas votam num candidato na esperança de conseguir mais incentivos, o que é comum, não é voto interesseiro? Mayara não deixa de ser o produto de uma estratégia perigosa, a divisão ideológica entre bem e mal. Foi essa perspectiva, cara ao vice Índio da Costa, que José Serra adotou. A revista Veja e o jornal Estado de S. Paulo deram aval a essa idiotice retrógrada. Uau!
O PSDB, que nasceu pretendendo ser moderno e racional, podia mais. Veja, que se acha mais moderna do que os modernos, acabou por produzir leitores Mayara. Isso não tem a ver com partidarismo como imaginam os mais simplórios ou ideológicos. Eu jamais terei partido. Meu único capital é a independência selvagem. Sou a favor do voto de castidade partidária para jornalistas. Tudo pela liberdade de dizer que quem acha o Bolsa-Família um incentivo à vadiagem pensa como Mayara. Esse foi o principal erro tucano na campanha eleitoral: ter guinado à direta para tentar seduzir as Mayaras, que arrastaram um intelectual progressista como Serra para o reacionarismo rasteiro do Estadão e da Veja. Mayaras, nunca mais!
Juremir Machado da Silva
Artigo publicado no Correio do Povo de 5/11/2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O LANCHE E O LIVREIRO DE CABUL
terça-feira, 26 de outubro de 2010
REPÚDIO AOS BANCOS
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
TEMPO PARA OBTER CONHECIMENTO
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
DEPRESSÃO....REMÉDIOS....VIDA....
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
FRASES DE RUI BARBOSA
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
GASTRONOMIA DE UM PESCADOR
terça-feira, 28 de setembro de 2010
PERMACULTURA....
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
LEMBRANÇAS...DE BOÊMIOS...
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
A CAMPANHA CONTINUA....
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
CAMPANHA CONTRA AS BASES MILITARES
Dezenas de entidades do movimento popular brasileiro e latino-americano estão organizando a Campanha Continental Fora as Bases Militares Estrangeiras, exigindo respeito à soberania nacional dos países da América Latina e Caribe, o respeito à aspiração dos povos e à decisão dos governos democráticos e progressistas de manter a região como uma área de paz no mundo.
Com a ascensão das lutas democráticas e patrióticas dos povos, o imperialismo estadunidense tenta organizar a contra-ofensiva para tentar reverter as conquistas alcançadas nos últimos anos pelo movimento anti-imperialista. Esta contra-ofensiva é feita através do meio preferencial da superpotência do norte: a militarização e a ameaça de guerra: relançou a Quarta Frota, instalou as bases militares na Colômbia e prepara-se para fazer o mesmo na Costa Rica e no Panamá.
A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, que tem percorrido os países da América Latina e Caribe para lançar e organizar a campanha, diz:”Mais do que nunca os povos precisam se levantar contra as ameaças de intervenção e guerra. A paz é indispensável para consolidar a vida democrática e alcançar o progresso social”.
A campanha é coordenada pelas seguintes entidades: Conselho Mundial da Paz, Aliança Social Continental, Via Campesina, Marcha Mundial de Mulheres, Jubileu Sul das Américas, Encontro Sindical Nossa América, Grito dos Excluídos, Campanha pela Desmilitarização das Américas, Organização Continental Latino-americana dos Estudantes, Serviço Paz e Justiça, Federação Democrática Internacional das Mulheres e Compa.
Da Redação
Extraído do site www.vermelho.org.br
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
CAMPANHA À MIL....
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
DISTANTE....
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
A CULPA É DAS MULHERES
Você sabe o que digo: a Civilização é obra feminina. Estamos aqui, vivendo em cidades, bebendo água em copos de plástico, usando cuecas, comendo cheesecake, por causa das mulheres. ELAS nos convenceram de que ia ser bom. Fosse por nós, homens, continuaríamos com a doce vida nômade, a vida caçadora e coletora. Continuaríamos selvagens, como ainda somos nos escaninhos mais remotos dos nossos corações. Continuaríamos felizes.
Felizes, sim. Em primeiríssimo lugar, porque não havia trabalho. Caçadas não podiam ser consideradas trabalho. Eram diversão. Os homens saíam em bandos, cercavam um mamute lanudo, abatiam-no a pedradas e golpes de tacape, e depois ficavam churrasqueando e contando vantagem. Quando voltavam para a clareira onde haviam deixado as mulheres e os filhos, elas, as mulheres, os esperavam com muitos frutos e raízes na panela e pouca roupa no corpo rijo de fêmeas habituadas a longas caminhadas. Os homens se sentavam em torno da fogueira, narravam suas aventuras, agora com detalhes aumentados de façanhas e heroísmos, e depois era aquela festa. Ninguém era de ninguém. Não existia monogamia, não existia casamento, não existia fidelidade, não existia isso de mulher ficar fuçando no celular do homem para descobrir quem ligou na noite anterior.
Esse era o Paraíso. Não sou eu quem o afirma; é a Bíblia. Adão e Eva eram caçadores e coletores. Eram nômades a vagar alegremente pela vasta área do Jardim do Éden. Eram, como já disse, felizes.
O que aconteceu para que tudo se transformasse?
Aconteceu que a mulher fez o homem mudar.
A história está toda lá, nas entrelinhas da lenda do Gênesis. Quer ver?
Prova número 1: o que significa a maçã do conhecimento que Eva oferece a Adão?
Resposta: significa a Civilização.
Eva, a mulher original representando todas as mulheres originais, convence Adão, o homem original representando todos os homens originais, a se civilizar. O que, então, tem de fazer Adão? Tem de trabalhar, o que, além de ser um apanágio da Civilização, é um castigo divino. Deus, claramente, desgosta da Civilização. Queria o homem no Paraíso, nu, desocupado e feliz.
Mas Adão deixou-se levar por Eva e já seus filhos são civilizadíssimos: Caim é agricultor; Abel, pastor. São tão civilizados que um mata o outro por inveja, uma das mais marcantes características da Civilização.
Prova número 2: ao se civilizarem, Adão e Eva sentem vergonha de andar nus e cobrem as partes pudendas com folhas de parreira. A imagem é óbvia: com a Civilização, o sexo, antes livre e sem culpa, torna-se tabu. Agora, o sexo não é mais diversão. É pecado.
Tudo por causa da mulher.
Nós homens, nós fomos domesticados. A centelha de liberdade selvagem que ainda subsiste no fundo de nossa alma, essa centelha só reluz em momentos especiais. Um deles é o esporte. Sobretudo o futebol, uma reprodução da vida gregária dos tempos do nomadismo, quando os homens saíam em bandos para encontrar alimento, sim, mas principalmente para se divertir. O futebol serve para esse extravasamento da alma masculina. Serve para a diversão. Para que voltemos às origens.
Vendo as cenas do Maracanã lotado com Vasco versus Fluminense, os cariocas rindo e brincando, vi ali a essência do futebol. Vi ali a diversão pura. E a invejei. O belicismo amargo de gremistas e colorados não tem nada a ver com diversão, não tem nada a ver com nosso espírito ancestral de camaradagem e lealdade masculina. Não. Essa disputa tensa e cansativa é típica da Civilização inaugurada com o homicídio de Abel por Caim. É maniqueísta. É tola. E, pior, não é nada divertida.
* Extraído do Blog do David Coimbra
terça-feira, 24 de agosto de 2010
...TRANSTORNOS....
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O COTIDIANO E O SILÊNCIO
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
ENCONTRO HISTÓRICO DE BLOGUEIROS
Uma roda de chorinho e samba, comandada pelo jornalista Luis Nassif, dará a largada para o maior evento na história da blogosfera brasileira. Às 20 horas desta sexta-feira (20/8), começa em São Paulo o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas – um feito que tem tudo para fazer avançar a luta pela democratização da mídia no país.
Por André Cintra*
Leia também
– Encontro de Blogueiros Progressistas divulga proposta de carta
– Tudo pronto para o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
Já o restante da programação, no sábado (21) e domingo (22), está marcado para o Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, ao lado da Câmara Municipal, no Centro paulistano. É lá que os 312 participantes inscritos acompanham a mesa de abertura, as oficinas, parte dos grupos de discussão e a plenária final.
A blogosfera hoje
A boa procura pelo Encontro surpreendeu membros da Comissão Organizadora, como Altamiro Borges, o Miro, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. “Há dois meses, quando o Encontro começava a ganhar forma, pensávamos em reunir uns 200 blogueiros. O número de inscritos não só superou nossas expectativas como mostra que o movimento pode crescer muito”, analisa Miro.
Para Paulo Henrique Amorim, blogueiro do Conversa Afiada e também membro da Comissão Organizadora, a blogosfera já mostrou a que veio. “Antigamente, os tucanos de São Paulo davam três telefonemas e controlavam o Brasil. Eles ligavam para o Doutor Roberto (Globo), o Ruy Mesquita (O Estado de S. Paulo) e o Seu Frias (Folha de S.Paulo) e governavam a opinião pública brasileira. O que desmontou essa estratégia concentrada em três telefonemas foi a blogosfera.”
Já Luis Nassif fala em “nova etapa” para definir os desafios atuais dos blogs progressistas. “Nos últimos anos, montamos uma rede de grande impacto para impedir as maluquices da direita e o processo avassalador da mídia. Essa guerra acabou”, afirma o jornalista. “Agora é preciso enfrentar as divergências entre nós mesmos – entre os blogueiros dessa frente. É uma oportunidade para mostrar que a blogosfera comporta essa democracia.”
Representatividade
Mais do que democrático, o Encontro também será altamente representativo. É fato que o estado de São Paulo vai responder por pouco mais de 60% dos blogueiros mobilizados – mas haverá representantes de outros 17 estados e do Distrito Federal. Um dos maiores objetivos dos organizadores – atrair estudantes para os debates – também foi bem-sucedido. Pelo menos 90 inscritos são universitários, sobretudo de Comunicação Social.
No Encontro, esses jovens blogueiros, tuiteiros ou simples internautas poderão ter contato com as principais referências em blogs progressistas no Brasil. É o caso de Luiz Carlos Azenha (Viomundo), Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Emir Sader (Blog do Emir) e Brizola Neto (Tijolaço) – além dos já citados Altamiro Borges, Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif.
A Carta e a Adin
Para fortalecer a luta contra a ditadura dos meios de comunicação, o Encontro vai aprovar, na plenária final, a Carta dos Blogueiros Progressistas. O documento – cujo texto-base foi divulgado nesta semana – propõe a união da blogosfera para formular “propostas de políticas públicas” e estabelecer “um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação está passando no Brasil e no mundo”.
Antes, no sábado, os participantes conhecerão o conteúdo de uma audaciosa Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) de autoria do jurista Fábio Konder Comparato. Trata-se de uma “Adin por Omissão”, que cobra do Congresso a regulamentação dos artigos sobre Comunicação presentes na Constituição Federal.
Duas entidades da área – a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e a Fitert (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão) – prometem entrar com essa ação no Supremo Tribunal Federal, com o apoio das seis centrais sindicais do país. O próprio Comparato é quem deve explicar aos blogueiros o sentido e a urgência dessa iniciativa.
Notificação a Serra
Os participantes do Encontro também devem protestar contra o candidato tucano à Presidência, José Serra, que, num golpe de baixaria, acusou o governo Lula de financiar “blogs sujos” que “patrulham” jornalistas. Segundo Paulo Henrique Amorim, a calúnia de Serra demonstra como se dá a “criminalização dos blogs” no Brasil.
“O 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, com muita honra, deveria mudar de nome e se chamar 1º Encontro Nacional de Blogueiros Sujos”, ironiza o titular do Conversa Afiada. Em sua opinião, cabe ao evento máximo da blogosfera brasileira “entrar com uma notificação judicial e um pedido de explicação ao candidato José Serra para saber quem é sujo e quem é limpo”.
* Matéria feita em parceria com o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Do site:www.vermelho.org.br
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O GIGANTINHO ENCHEU-SE DE ESPERANÇA
quarta-feira, 28 de julho de 2010
NOITES DE INSÔNIA....
segunda-feira, 26 de julho de 2010
TARSO GENRO NA REGIÃO
sexta-feira, 23 de julho de 2010
CARACTERÍSTICAS DE UMA PESSOA INVEJOSA
quarta-feira, 21 de julho de 2010
OBSESSÃO POR CASAMENTO E FILHOS
segunda-feira, 19 de julho de 2010
RELIGIÃO...
Carlos Pompe *
A pesquisa conclui que o preconceito e a intolerância religiosa são inculcados em milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Foram analisados os 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país. Os livros foram escolhidos a partir dos títulos mais aceitos pelas escolas do governo federal, segundo informações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso – limitada a uma referência anônima e sem biografia –, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo (Calvino nem mesmo é citado).
“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, informa uma das autoras do trabalho, a antropóloga e professora do Departamento de Serviço Social, Débora Diniz.
A psicóloga e coautora do livro, Tatiana Lionço, salienta que, antes de ir parar nas mochilas de crianças e jovens, todo material didático passa por uma avaliação de uma banca de profissionais do Programa Nacional do Livro Didático, vinculado ao Ministério da Educação. Todos, menos os de Religião. “Não há qualquer tipo de controle. O resultado é a má formação dos alunos”, comenta.
Ela questiona o modelo de ensino religioso nas escolas do país com base no princípio constitucional de que o Estado deveria ser laico (neutro em relação às religiões). “Se o Estado deveria ser laico, por que ensinar religião nas escolas? Se a religião for tratada na sala de aula, tem de ser de forma responsável e diversificada”, acrescenta.
A discriminação de homossexuais vem junto com a doutrinação religiosa feita às cutas do Estado, em escolas públicas. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para tratar das pessoas que optam por ligações com o mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.
Débora diz que num dos livros didáticos uma pessoa sem religião é associada ao nazismo (que, contraditoriamente, teve apoio ativo da Igreja Católica e foi combatido pela União Soviética, primeiro Estado a adotar expressamente o materialismo dialético no ensino público). “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa ela que é uma das três autoras da pesquisa.
“Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasilieras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta.
O estudo, realizado entre março e julho de 2009, revela a ligação entre as editoras responsáveis pelas publicações e a doutrinação religiosa. A editora FTD, por exemplo, pertence aos irmãos Maristas, sociedade católica criada em 1817, na França. Também são católicas as editoras Vozes, Paulus Paulinas, Vida e Edições Loyola. “É esse contexto nebuloso de relações e interesses que envolve a pesquisa” diz Débora. Outras das principais editoras do material escolar são a Abril de Educação, líder do mercado, a Ártica, Scipione Saraiva, Moderna e Dimensão.
As 112 páginas da publicação, lançada pelas editoras UnB e Letras Livres, ainda conta com a contribuição da assistente social Vanessa Carrião, do instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.
* Jornalista e curioso do mundo.
Extraído do site: www.vermelho.org.br
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A REVISTA VEJA CHEGA A CAUSAR NÁUSEAS...
Por Altamiro Borges (Miro) em seu Blog
Na “reporcagem” fica a sensação de que a Veja já jogou a toalha. Ela parece não acreditar mais na possibilidade de vitória do seu candidato, o demotucano José Serra – tanto que não fala das suas dificuldades na escolha do vice e na ausência do registro do seu programa. Apavorada, a revista tentar enquadrar a candidatura de Dilma Rousseff. Ela repete a velha dupla tática da direita: faz campanha aberta para o seu candidato, mas procura interferir na linha política do seu adversário.
Tentativa de domesticar o programa
Já no editorial, o medo transparece. A partir da trapalhada no registro do programa petista, ela critica a “falta de controle da candidata sobre os radicais do seu partido”. O motivo do temor é a afirmação, mantida na segunda versão do programa, de que os meios de comunicação no país são “pouco afeitos à qualidade, ao pluralismo e ao debate democrático” e de que é preciso enfrentar “o monopólio e a concentração” no setor. A revista confessa, mais uma vez, que é inimiga da Constituição Federal, que propõe o fim do monopólio e o estímulo à pluralidade informativa.
A prepotente famíglia Civita, que se acovardou diante da ditadura militar e demitiu jornalistas críticos, como Mino Carta, insiste em se apropriar da bandeira da liberdade de expressão. “A imprensa não tem lições a receber de quem não compreende esse valor universal da democracia”, afirma o editorial. É com esta linha canhestra que a “reporcagem” tentará acuar o comando da campanha de Dilma, domesticando o seu programa e afastando “seus radicais”. O texto não é dirigido ao leitor emburrecido desta revista, mas aos vacilantes e “moderados” da campanha adversária.
“Cortar as cabeças” dos radicais
A “reporcagem” tenta o tempo todo estimular a cizânia nas esquerdas. “O programa de governo do PT traz de volta a ameaça da censura à imprensa e reacende o debate: Dilma conseguirá controlar os radicais de seu partido e domar o monstro do autoritarismo?... Se eleita, conseguirá repetir o feito de Lula e impedir que os radicais do PT transformem o Brasil numa república socialista, de economia planejada e centralizada e sem garantias à liberdade de expressão?”. Seu objetivo fica patente na frase agressiva: “Lula teve de cortar a cabeça dessa hidra em diversas oportunidades”.
Neste esforço para domesticar o programa e estimular a cizânia, a Veja chega a montar uma lista risível dos “moderados e pragmáticos” (Lula, Palocci e Dulci) e dos “radicais e incendiários” (Marco Aurélio Garcia, Franklin Martins e Paulo Vannuchi). Ainda neste segundo grupo, ela inclui o ministro Celso Amorim e a “imoral política externa brasileira”. Eles seriam as hidras que Dilma deveria “cortar as cabeças”, além de ceifar qualquer proposta mais avançada de mudanças.
Uma nova “carta aos brasileiros”
Ao final da “reporcagem”, como que já assumindo a derrota do seu candidato, a família Civita expressa seu desejo para a adversária, lembrando a manobra patrocinada pelos barões da mídia e do capital financeiro nas eleições de 2002. “O chamado ‘risco Lula’ provocou desvalorização do real, fuga de capitais, instabilidade econômica, e só foi amenizado quando ele [Lula] divulgou a Carta ao Povo Brasileiro... Para afastar definitivamente as desconfianças que ainda rondam sua candidatura, Dilma talvez tenha de seguir o exemplo do seu padrinho político”.
A mídia golpista encara o pleito deste ano como uma batalha de vida ou morte. Ela teme perder a eleição e avalia que este provável resultado aprofundará o processo de mudanças no país. Dilma Rousseff, com seu passado de esquerda e maior firmeza de convicções, apavora as famíglias Civita, Marinho, Frias e Mesquita. Se depender dos barões da mídia, é essa “hidra” que terá sua cabeça cortada numa das campanhas mais sujas da história. Mas, caso isto não ocorra, por uma questão de bom-senso é melhor se precaver, domesticando seu programa e afastando os "radicais".
Extraído do site: www.vermelho.org.br
terça-feira, 13 de julho de 2010
A ROTINA DO TRABALHO....
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O GOSTO PELAS "COISAS"...
terça-feira, 6 de julho de 2010
DESEJOS....
quarta-feira, 23 de junho de 2010
VAMOS FAZER PARTE DESSA CORRENTE....
Esta madrugada “bombou” no twitter a palavra de ordem #diasemglobo, que estimula as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer emissora que não a Globo. Não é uma campanha de “esquerdistas”, de “brizolistas”, de “intelectuais de esquerda”. É a garotada, a juventude.
Por Brizola Neto, no blog Tijolaço
As empresas Globo ontem, escandalosamente, passaram o dia pressionando a Fifa por uma “punição” a Dunga. Atônitos, os oficiais da Fifa simplesmente perguntavam: “mas, por que?”
A edição do jornal do grupo Globo, hoje, só não beira o ridículo porque mergulha nele, de cabeça. O ódio a qualquer um que não abaixe a cabeça e diga “sim, senhor” a ela é tão grande que ela não consegue reduzir o episódio àquilo que ele realmente foi — uma bobagem insignificante.
Não, ela se levanta num arreganho autoritário e exige “punição exemplar” para técnico da seleção. Usa, logo ela, uma emissora de tanta história autoritária e tão pródiga em baixarias, a liberdade de imprensa e os “bons modos” como pretextos, como se isso ferisse seus “brios”.
Há muita gente bem mais informada do que eu em matéria de seleção que diz que isso se deve ao fato de Dunga ter cortado os privilégios globais no acesso aos jogadores. E que isso lhe traria prejuízos, por não “alavancar” a audiência ao longo do dia.
Lembrei-me daquele famoso direito de resposta de Brizola à Globo, em 1994.
Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos que dominou o nosso país.
Todos sabem que critico há muito tempo a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações. Mas a ira da Globo, que se manifestou na quinta-feira, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípios.É apenas o temor de perder o negócio bilionário que para ela representa a transmissão do Carnaval. Dinheiro, acima de tudo.
Pois o arreganho autoritário da Globo, mais do que qualquer discurso, evidenciou a tirania com que a emissora trata o evento esportivo que mais mobiliza os brasileiros mas que, para ela, é só um milionário negócio.
Dunga não é o melhor nem o pior técnico do mundo, nunca foi um ídolo que empolgasse multidões. A sociedade dividia-se, como era normal, entre os que o apoiavam, os que o criticavam e os que apenas torciam por ele e pela seleção.
A Globo acabou com esta normalidade. Quer apresentá-lo como um insano, um louco incontrolável. Nem mesmo se preocupa com o que isso pode fazer no ambiente, já naturalmente cheio de tensões, de uma seleção em meio a uma Copa do Mundo. Ela está se lixando para o resultado deste episódio sobre a seleção.
De agora em diante, a Globo fará com Dunga como que fez, naquela ocasião, com a Passarela do Samba, como descreveu Brizola naquele “direito de resposta”: “quando construí a passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar de todas as formas o ponto alto do Carnaval carioca.”
Vocês verão – ou não verão, se seguirem a campanha #diasemglobo – como, durante o jogo, os locutores (aquele um, sobretudo) farão de tudo para dizer que a Globo está torcendo para que o Brasil ganhe o jogo. Todo mundo sabe que, quando se procura afirmar insistentemente alguma coisa que parece óbvia, geralmente se está mentindo.
Eu disse no início que esta não é uma campanha dos políticos, dos intelectuais, da “esquerda” convencional. Não é, justamente, porque estamos, infelizmente, diante de um quadro em que a parcela politicamente mais “preparada” da sociedade desenvolveu um temor reverencial pelos meios de comunicação, Globo à frente.
Políticos, artistas, intelectuais, na maioria dos casos – ressalvo as honrosas exceções – têm medo de serem atacados na TV ou nos jornais. Alguns, para parecerem “independentes e corajosos”, até atacam, mas atacam os fracos, os inimigos do sistema, os que se contrapõem ao modelo que este sistema impôs ao Brasil.
Ou ao Dunga, que acabou por se tornar um gigante que nem é, mas virou, com o que se faz contra ele. Eu não sei se é coragem ou se é o fato de eu ser “maldito de nascença” para eles, mas não entro nessa.
O que a juventude está fazendo é o que a juventude faz, através dos séculos: levantar-se contra a tirania, seja ela qual for. Levantar-se da sua forma alegre, original, amalucada, libertária, irreverente e, por isso mesmo, sem direção ou bandeiras “certinhas”, comportadas, convencionais.
A maravilha do processo social aí está. Quem diria: um torneio de futebol, um técnico, uma rusga como a que centenas ou milhares de vezes já aconteceu no esporte, viram, de repente, uma “onda nacional”.
Uma bobagem? Não, nada é uma bobagem quando desperta os sentimentos de liberdade, de dignidade, quando faz as pessoas recusarem a tirania, quando faz com que elas se mobilizem contra o poder injusto. Se eu fosse poeta, veria clarins nas vuvuzelas.
Essa é a essência da juventude, um perfume que o vento dos anos pode fazer desaparecer em alguns, mas que, em outros, lhes fica impregnado por todas as suas vidas. E a ela, a juventude, não derrotam nunca, porque ela volta, sempre, e sempre mais jovem. E é com ela que eu vou.
terça-feira, 22 de junho de 2010
O PENSAMENTO VIVO DE JOSÉ SARAMAGO
Carlos Pompe *
Deixou de bater, dia 18 de junho, o coração do escritor, pensador, jornalista e político (filiado e, por um período, dirigente do Partido Comunista Português) José Saramago. Grande leitor e admirador da obra de Karl Marx, atuava também como um militante ateísta, combatendo o pensamento religioso. Perseguido pelo governo português e pela Igreja Católica, criticado por sionistas e obscurantistas de toda a sorte, dizia ter a “pele dura” para aguentar – e responder – os ataques que sofria. Um pouco de seu pensamento:
"Eu sou um comunista hormonal, meu corpo contém hormônios que fazem crescer minha barba e outros que me tornam um comunista. Mudar, para quê? Eu ficaria envergonhado, eu não quero me tornar outra pessoa". (ao repórter da BBC Alfonso Daniels, junho de 2009).
“Você sabe, eu nunca escondi minhas convicções. Sou comunista e por isso sou tratado como inimigo da democracia. Pelo contrário, eu quero é salvar a democracia e para isso é preciso criticar esse simulacro de democracia em que vivemos. As democracias ocidentais são fachadas políticas do poder econômico. Fachadas com cores, bandeiras, discursos intermináveis sobre a democracia.” “Foi o poder econômico que enfiou nas consciências que o mercado deve agir de mãos livres e, assim fazendo, levou à conclusão de que o pleno emprego é um obstáculo”. (entrevista a Didier Jacob, Le Nouvel Observateur, novembro de 2006)
"Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa."
“Deus não existe fora da cabeça das pessoas que nele creem. Pessoalmente, não tenho nenhuma conta a ajustar com uma entidade que durante a eternidade anterior ao aparecimento do universo nada tinha feito (pelo menos não consta) e que depois decidiu sumir-se não se sabe para onde. O cérebro humano é um grande criador de absurdos. E Deus é o maior deles”.
“Caim (sua última publicação) é um livro escrito contra toda e qualquer religião. Ao longo da História, as religiões, todas elas, sem exceção, fizeram à humanidade mais mal que bem. Todos o sabemos, mas não extraímos daí a conclusão óbvia: acabar com elas. Não será possível, mas ao menos tentêmo-lo. Pela análise, pela crítica implacável. A liberdade do ser humano assim o exige”.
(entrevista a Ubiratan Brasil, O Estado de São Paulo, outubro de 2009)
“O poder de cada um de nós limita-se na esfera política a tirar um governo de que não gosta e colocar outro de que talvez venha a gostar. Mas as grandes decisões são tomadas em outra esfera. E todos sabemos qual é: as grandes relações financeiras internacionais.” (Folha de S. Paulo, 2008)
"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário". (dezembro de 2008, na apresentação em Madri de "As pequenas memórias").
“Hoje, existe uma espécie de menosprezo por essa coisa tão simples que antes era falar com propriedade. Quando eu era trabalhador, sempre tinhas as ferramentas limpas e em bom estado. Não conheço uma ferramenta mais rica e capaz que o idioma. E isso significa que se deve ser elegante na dicção. Falar bem é um sinal de pensar bem”. (entrevista coletiva no lançamento do As pequenas memórias, 2006)
“Uma vez que foi dito e do dito se fez escrito para valer e dar fé”. (História do cerco de Lisboa, 1989)
“... cada um de nós é, acima de tudo, filho das suas obras, daquilo que vai fazendo durante o tempo que cá anda”. (Crônica Retrato de antepassados, in Os apontamentos, 1976)
“... aos jornais e demais meios de comunicação sociais pela facilidade com que passam dos aplausos do capitólio às precipitações da rocha tarpeia, como se eles não fossem uma parte activa na preparação do desastre”. (Ensaio sobre a lucidez, 2004)
“Eu digo de outra maneira aquilo que a minha avó disse, já devia estar farta de viver, e disse: o mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer”. (frase dita ao cineasta Fernando Meirelles, que adaptou “Ensaio sobre a cegueira” para o cinema).
sexta-feira, 18 de junho de 2010
CIENTISTAS TAMBÉM REPUDIAM A VEJA
Impressionante a capacidade que tem o semanário Veja de promover desafetos. Um panfleto em forma de revista que despeja semanalmente linhas e linhas de intrigas, calúnias e outros tipos de impropérios contra todos os que não comungam de sua linha editorial, claramente reacionária e de direita.
O tal dossiê supostamente encomendado pelo Partido dos Trabalhadores para “espionar” o seu candidato a presidente José Serra é o último factóide criado por Veja. Mas se enganam aqueles que pensam que Veja persegue seus opositores ideológicos apenas no campo político eleitoral. A pseudo-revista faz questão de marcar posição conservadora em diversos outros segmentos.
Seja em questões esportivas, ambientais, culturais ou qualquer outra área em que haja disputa de idéias e projetos, Veja se apega à visão de mundo comum à dos países imperialistas e suas congêneres estrangeiras.
Como Veja é desonesta, ela própria parte do pressuposto que todos os setores da sociedade seguem o seu comportamento.
Foi assim que Veja protagonizou uma das mais vergonhosas manifestações de preconceito contra os indígenas brasileiros, na matéria intitulada “A farra da antropologia oportunista” publicada no mês passado.
Eivada de declarações discriminatórias e mentirosas, chegou-se a manipular dados e inventar que menos de 10% das terras brasileiras estariam livres para usos econômicos, pois segundo seus autores, 90% estariam em mãos de indígenas, quilombolas e unidades ambientais. Pobres latifundiários brasileiros, com tão pouca terra para produzir.
No decorrer do texto há afirmações de que “a maioria dos laudos (encomendados pela FUNAI) é elaborada sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terra para a produção”. Ou ainda que “no governo do PT, basta ser reconhecido índio para ganhar Bolsa Família e cesta básica”. Segundo Veja “o governo gasta 250% mais com a saúde de um índio – verdadeiro ou das Organizações Tabajara – do que com a de um cidadão que (ainda) não se decidiu a virar índio”. Tudo isso em meio a subtítulos como "os novos canibais", "macumbeiros de cocar", "teatrinho na praia", "made in Paraguai", "os carambolas", que, como afirma a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) “explicitam o desprezo e o preconceito com que foram tratadas tais pessoas”.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) saiu imediatamente em defesa dos pesquisadores atacados em “respeito à atuação profissional do quadro de antropólogos disponível no Brasil, formados pelos mais rigorosos cânones científicos e regidos por estritas diretrizes éticas, teóricas, epistemológicas e metodológicas, reconhecidas internacionalmente e avaliadas por pares da mais elevada estatura científica, bem como por autoridades de áreas afins”. Em nota, a SBPC assinala ainda que tal matéria registra “precedentes de jornalismo irresponsável por parte da referida revista, caracterizando assim um movimento de indignação que alcança o conjunto da comunidade científica nacional”.
É assim que Veja, entre um dossiê e outro, vai deixando a máscara cair, escancarando sua face autoritária, reacionária e antiética. No final das contas, uma só coisa parece lhe importar: varrer do poder todo e qualquer projeto mudancista que não contemple seus interesses mais vis e neoliberais.
Por isso mesmo a resposta de Lula aos jornalistas dizendo que todos sabem de onde parte o jogo sujo. Nem precisou dizer qual o principal instrumento de divulgação de toda essa sujeira.
* Engenheiro agrônomo, mestre em Entomologia e doutorando em Genética. Da direção estadual do PCdoB - MG
Extraído do site www.vermelho.org.br