terça-feira, 10 de maio de 2011

HQND

Vou escrever sobre um assunto que não gosto, pois a grande maioria das pessoas não estão preparadas para discutir sobre o assunto, é um assunto que ganhará destaque daqui uns cinquenta anos (estou dando uma de Nostradamus), não nesse momento. Mas de tanto ser questionado, resolvi escrever sobre o assunto e tentar encontrar pessoas e principalmente famosos, que pensam como eu. Poucos tem conhecimento dos HQND - Homens Que Não Dirigem. Como explicar para homens e mulheres que existem pessoas (como eu) que não tem interesse em carros, que é uma opção não querer dirigir, que temos outras prioridades, que ter carro não tem relação com minha estabilidade financeira, que não precisamos de carros para nos afirmarmos na sociedade. De tanto ser indagado pelo fato de não ter carro, já ando quase que perdendo a paciência com o tema; tem suas vantagens, é claro, as interesseiras e os interesseiros não fazem parte das minhas relações. Mas para me sentir um pouco melhor e não achar que estou sozinho nessa "sociedade de motores, latas e silicones" vou citar alguns famosos que não dirigem ou dirigiram, entre eles Jean Paul Sartre, Nelson Rodrigues, Xico Sá, Woody Allen, Paulo Francis entre outros.




segunda-feira, 9 de maio de 2011

PARADGMAS:UMA ESCOLHA DE VIDA

Atualmente a juventude está a beria de um grande paradgma, na verdade dois paradgmas. O pior é que muitos jovens estão passando a beira desse paradgma sem entendê-lo, e poir ainda, muitos nunca entenderão. Na realidade existem dois "tipos de jovens" e isso independe da idade. Ser jovem não tem nada a ver com a idade e sim com seu "estado de espírito". Mas voltando ao assunto, vamos tentar fazer um pequeno diferencial entre essas duas espécimes de jovens. Vamos começar pela grande maioria. Primeiramente não são muito adeptos ao estudo, fazer uma faculdade não é algo primordial em suas vidas, ter uma profissão ou uma carreira não faz parte de seu planejamento de vida, dão valor excessivo a roupas da moda e especial a carros, trabalham quase que exclusivamente para por combustível em seus carros e motos, namoram muitas meninas e meninos, vivem a vida intensamente, agora no presente, não pensam muito no futuro; vivem em função de passar uma imagem aos outros (nem sempre verdadeira), para eles os bens materiais transmitem poder, possuem muito tempo livre para ir a festas e se divertem muito, normalmente casam cedo. Já o segundo grupo, que é a minoria, é composto por pessoas que sonham em ter uma profissão, uma carreira, por isso dão muito valor ao estudo e ao conhecimento, para eles o conhecimento é poder, normalmente trabalham e estudam ao mesmo tempo, não obtendo muito tempo para sair e se divertir com amigos, pensam em adiar o casamento e ter filhos o máximo possível; muitos preferem um livro do que uma roupa de marca. Vamos voltar novamente ao primeiro grupo; em torno dos quarenta anos de idade dizem que já fizeram de tudo, que aproveitaram bem a vida, agora é sossego, normalmente já terão mais do que dois filhos, trabalham bastante e ganham pouco, uma vida familiar com certa dificuldade, as festinhas acabaram, agora deram lugar a jogos de carta, jogos de bocha, comer pipoca na vizinha, visitar familiares aos domingos e vivem em função dos filhos, a vida é uma eterna rotina, raramente sairão com seu companheiro ou companheiro para jantar fora, viajar então, bom isso não faz parte de suas vidas, é algo muito distante de suas realidades. Por outro lado, o segundo grupo aos quarenta anos terá uma certa estabilidade financeira, casa própria, carro próprio, poucos filhos, um bom emprego ou negócio próprio, terão uma renda financeira condizente com suas realidades e expectativas, acreditam que depois dos quarenta é que realmente vão viver mais, pois a estabilidade financeira lhes permitirá viajar, sair com maior frequência, e pensar com planejamento na vida dos filhos, e continuam sempre se especializando, o estudo é uma constante. Esses são os dois paradgmas, as duas opções, as escolhas, cada um opta por aquilo que entende ser melhor; claro que sempre haverá excessões á regra, mas na grande maioria as pessoas "vivem essas duas situações e acabam indo nessas direções". Viver o presente sem pensar no futuro ou viver o presente pensando no futuro, cabe a escolha, não existe certo ou errado, existem sim, uma opção de vida, muitos fazem suas escolhas livremente, intencionalmente; outros não, muitos nunca saberão disso, não sabem que existem escolhas, cada um é cada um, como diz um amigo, "cada cabeça é uma sentença". Boa sorte a todos...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

HOMEM-DEPENDÊNCIA...DA MULHER

Vou aqui tratar de um tema que os machistas de plantão não vão gostar, muitos menos as serviçais de plantão (acreditem elas não gostam mesmo). É interessante analisarmos a quantidade de homens que são totalmente dependentes das mulheres em situações cotidianas; vou citar alguns exemplos: vão tomar banho sem toalha e sem roupas, vão almoçar e esperam ser servidos, nunca secam o banheiro após o banho, fazem um escândalo quando vão sair e encontram seus sapatos sujos, precisam ser lembrados constantemente para não esquecer os documentos em casa....Certa vez tentei conversar com uma mulher (serviçal, escrava...independente) que vivia em função do marido e de suas necessidades, ela acha que suas atitudes são condizentes com sua vida; resumindo: muitas mulheres foram educadas para isso...para servir. O homem assim tornou-se dependente da mulher e a mulher independente do homem, que contradição...cada vez entendo menos, e eu que achava que a mulher era submissa ao homem, quer dizer muitas são enormemente submissas e... independentes. As coisas poderiam ser mais simples se todos, homens e mulheres pudessem ser independentes ou melhor...não dependentes. Entenda quem puder.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

SEGURANÇA NO TRÂNSITO

Passei os últimos dias em Porto Alegre, fazendo um curso na Assembleia Legislativa. As pessoas que me conheçem sabem o encanto que tenho por essa cidade, porém Porto Alegre sempre tem algo novo para me impressionar. E merece destaque a educação no trânsito, em especial no centro da cidade, o respeito dos motoristas com os pedestres é digno de citação, basta alguma pessoa por o pé na faixa de segurança os carros imediatamente param, a segurança é muito grande ao atravessar a rua. Ao contrário de certas cidades, como Passo Fundo, onde é praticamente suícidio atravessar na faixa de segurança sem olhar para os lados.

terça-feira, 19 de abril de 2011

COMPLEXIDADE EM EDUCAÇÃO

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

Ontem, falei aqui das dificuldades de ser complexo. É muito complicado. Daí a preferência de alguns pelos simplismo. Em educação, complexos e simplistas travam batalhas e mais batalhas. O nostálgico pedagógico adora dizer que no seu tempo era melhor. Antigamente é que era bom. De que tempo se fala? Do século XX da Primeira ou da Segunda Guerra Mundial? Do nazismo ou do comunismo? Das ditaduras sul-americanas ou da Guerra Fria? Antigamente é que era bom: o professor ensinava e o aluno aprendia. A maioria esmagadora da população era de analfabetos. Eta, tempo bom! Conheço um sujeito, latinista deslumbrado, cujos raciocínios confusos me impressionam, que vive dizendo: "Quem estuda latim pensa com mais clareza".

Os nostálgicos desse passado mítico defendem a volta do "ensino tradicional", algo como disciplina férrea, tabuada na ponta da língua, ditado todo dia, os afluentes do Amazonas na memória, alunos levantando quando o professor entra e, se duvidar, aula de moral e cívica. Estou, claro, simplificando. Sonham com um tempo em que memorizar era decisivo, pois não havia memória artificial. Querem voltar à era pré-Google. Já os novos pedagogos apostam no lúdico, na liberdade e na construção do conhecimento pelo principal interessado, o aluno. Costumam detonar as chamadas aulas expositivas, aquelas em que o professor fala e o aluno escuta. Ou finge. Exageram um pouco. As aulas podem e devem ser lúdicas. Mas sempre haverá a exigência de uma pontinha de sacrifício. Também se aprende ouvindo. Ou ninguém pagaria R$ 200 mil por uma palestra do Lula. Nem haveria público para o Fronteiras do Pensamento. Ou é puro espetáculo?

É mais difícil ser professor hoje: precisa convencer, encantar, mobilizar e liderar. Não funciona na palmatória, no grão de milho, no castigo ou no discurso de autoridade. É mais fácil ser professor hoje: há mais informação disponível e mais meios tecnológicos de acesso a essas informações. Quem busca soluções simplistas para problemas complexos, pensa assim: precisamos reprovar mais. É a "doma" tradicional. Na paulada. Sempre me revoltou uma coisa na administração do ensino: o aluno cursava, sei lá, seis matérias num determinado ano da escola. Rodava numa. Era obrigado a repetir todas. Por quê? Porque a escola não sabia se organizar de outra maneira para oferecer-lhe a repetição da disciplina em que fora reprovado permitindo que avançasse nas outras. Para ficar nessa linguagem crua, a punição era desproporcional ao erro. A questão maior era de custos.

Obrigava-se o aluno a repetir tudo por uma questão de economia. Era mais fácil e mais barato inseri-lo totalmente na turma seguinte. Ainda é? Sou professor universitário. O nível dos alunos que nos chega a cada semestre é muito bom. Não fica atrás, por exemplo, do nível da minha turma, que entrou na universidade em 1980. Em alguns aspectos, os alunos de hoje são superiores. Por exemplo, em domínio de língua estrangeira. Chega de nostalgia. Cada época produz o seu imaginário pedagógico.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

DEPOIS DOS TRINTA...

Todos deveriam nascer depois dos trinta anos, a vida seria bem melhor. Casar depois dos trinta, namorar depois dos trinta, fazer sempre uma faculdade depois dos trinta. Escolher nossas amizades depois dos trinta, frequentar lugares depois dos trinta. Quantos erros seriam evitados, quantos acertados teriam acontecido. Errar é preciso...acertar também...Para muitos a vida tem sentido dos vinte aos trinta anos, quando vão dar conta terão quarenta anos mal vividos. Para outros a vida tem sentido dos trinta aos quarenta anos, vão perceber que a vida não teve sentido antes disso. Para outros a vida terá sentido aos sessenta anos. Para a maioria, porém, a vida nunca terá sentido, e eles nunca saberão disso. São paradigmas de vida...ou da vida. Escolhas conscientes..inconscientes.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PESSOAS FELIZES ESCREVEM MENOS

Um grande escritor recentemente falecido mencionou certa vez que que quando estamos felizes ou "de bem com a vida" temos dificuldade em escrever. Tal citação realmente tem certo sentido. A felicidade inibe a criatividade no ato de escrever. Imagino a dificuldade de colunistas que escrevem diariamente, independente do humor e do estado de espírito. Estar triste, angustiado, infeliz, ansioso...tende a levar as pessoas a escreverem com maior facilidade, seria um bom caso de estudo isso, uma boa pesquisa a ser desenvolvida. Realmente pessoas felizes escrevem menos....