terça-feira, 30 de novembro de 2010
AS MULHERES...E AS ESTATÍSTICAS...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
...QUANDO NÃO PLANEJAMOS...
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
NIETZSCHE E ZARATHUSTRA
"...Mas sua tarefa é solitária. Toda a civilização é produto de bases falsas, os eruditos são os que têm maior responsabilidade para lutar contra esse defeito, e questionar os próprios princípios. A cultura encontra-se em decadência, como resultado do afastamento da força da vida, tão escassa no universo. Nietzsche se afastou, ao enxergar a verdade cada vez mais longe. Mas pagou sua dívida por esse afastamento ao criar seu herói solitário, Zarathustra, um questionador da cultura e civilização, bem como da moral e valores sobre o qual ela se apóia. A tarefa de conscientização de Zarathustra não é fácil, ele encontra a ignorância do "populacho" em um tempo não definido. Zarathustra é o personagem principal de um romance filosófico-poético. Com trinta anos, sobe à montanha para escapar dos males das relações humanas e adquirir conhecimento da natureza. Vive em exposição aos elementos naturais, e junto aos seus animais (uma águia e uma serpente). Lá vive por dez anos, até saciar de seu conhecimento como abelha que produz muito mel, e parte para o convívio humano. A narrativa é pouca, o que preenche o livro são os discursos de Zarathustra. Ao descer encontra um velho e depois de dialogar se interroga: "será possível que este homem santo não saiba que deus morreu?" Nietzsche já havia feito essa afirmação na Gaia ciência, e desenvolve com Zarathustra. Os Deuses morreram de tanto rir, ao ouvir a afirmação de que só existe um Deus. Nietzsche pretende colocar com essa afirmação que a civilização racional afastou as interpretações místicas do mundo, prevalecendo na Terra, o senso comum, e nele não há lugar para Deus, pois o homem não pode suportar não ser Deus, e portanto Ele não existe. A ignorância do dogmatismo faz com que acreditemos em coisas absurdas. Pelo fato de não podermos explicar, colocamos nossas esperanças no fim das frustrações no além .
Para substituir a divindade morta, Nietzsche sugere o super-homem: o bom senso da Terra. O que há de nobre do homem é ser ele um fim , e não um meio. O super-homem é a ponte, é ele o raio. O homem é algo que será superado. Ele é o resultado da vontade de potência exercida, um paradigma da virilidade e virtuosismo. Se coloca além do bem e do mal, e fez seus valores em pedaços. O povo ri do discurso de Zarathustra, que resolve não pregar mais em praças.
Ao longo do livro Zarathustra viaja e expõe sua doutrina sobre assuntos diversos, adquirindo alguns discípulos. Os poetas mentem em demasia, Zarathustra expõe a verdade. É um apoio à margem do rio, mas não uma muleta. Por trás de toda a moralidade existe a vontade de poder. O homem deve exercer o poder da vida, de modo a servir de solo ao super-homem. A moral é uma força contrária à natureza. Para chegar ao super-homem, Nietzsche não descarta a eugenia, a procriação para fins de superação. Passa-se o sangue e a alma para o filho, que continua as obras. O sangue é espírito também. A educação deve enobrecer o espírito humano, e não restringi-lo. Uma vida viajante faz com que não nos prendamos em rotinas, tem que se viver em estado de alerta, como guerreiro. Zarathustra só poderia crer num Deus que dança, pois todos os dias em que não há danças estão perdidos. Zarathustra critica o Estado, pois ele não representa o povo. Tudo nele é falso, diz Zarathustra. O homem deu valores às coisas afim da auto-conservação, um valor humano, inadequado. A humanidade não existe, pois é uma abstração.
Os sábios servem o povo e a superstição, não a verdade. Ela está onde o povo está. Zarathustra conversa com a vida e com os animais, que chegam a cuidar dele em sua época de doença e delírio. A vida lhe confia um segredo: "Olhe, eu sou o que deve ser superior a si mesmo". Zarathustra crítica os estultos e ama a liberdade. É o último dos sábios, e conhece a arte da retórica.
Zarathustra parte em busca de novos horizontes, Primeiro vai para as ilhas bem aventuradas, depois se aventura para além do oceano. Passa pela cidade dos tolos, escorraça-os. Encontra aquele que matou Deus, sempre em busca do homem superior. Mas volta para a terra onde morava, quer retornar à sua gruta. Ouve o grito do homem superior, e no caminha encontra diversas personagens: os reis, o viajante, o homem mais feio, o mendigo. Convida-os tanto para um jantar em sua gruta, onde se dá a ação final. Lá há espaço e comida para todos. Zarathustra consegue o reconhecimento desses homens, com seu pensamento, que de modo crítico, coloca a arte e poesia como força criadora e de vida, o único valor possível.
Os outros livros de Nietzsche são influenciados pelo o de Zarathustra. Nietzsche se superou, como pensador da cultura e artista. Sua influência na filosofia posterior é grande, como em Deleuze, Heidegger e Foucault. Depois da segunda guerra, houve uma retomada da interpretação de sua filosofia, em sua acepção original, não deturpada. Fez a crítica da modernidade, e seu bravo peito desbravou os horizontes possíveis com o artifício da linguagem, e não cedeu diante as adversidades, em sua vida incomum. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filólogo e filósofo, foi um grande escritor. Suas obras têm um tom profundo e coeso, como em Platão."
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
MIKHAIL BAKUNIN
Segundo Carlo Cafiero e Elisée Reclus (Genebra,1882) "...amigos e inimigos sabem que este homem foi grande no intelecto, na vontade, na energia perseverante; sabem que grau de desprezo ele ressentia pela fortuna, pela posição social, pela glória, todas estas misérias que a maioria dos humanos têm a baixeza de ambicionar. Fidalgo russo, aparentado da mais alta nobreza do império, entrou, um dos primeiros, nesta orgulhosa associação de revoltados que souberam se libertar das tradições, dos preconceitos, dos interesses de raça e de classe, e desprezar seu bem-estar. Com eles enfrentou a dura batalha da vida, agravada pela prisão, pelo exílio, por todos os perigos e todas as amarguras que os homens devotados sofrem em sua existência atormentada.
Uma simples pedra e um nome marcam no cemitério de Berna o lugar onde foi depositado o corpo de Bakunin. E, talvez, muito para honrar a memória de um lutador que tinha as vaidades deste gênero em tão medíocre estima! Seus amigos não farão construir para ele, certamente, nem faustosos túmulos nem estátua. Sabem com que amplo riso ele os teria acolhido se lhe tivessem falado de um jazigo edificado em sua glória. Sabem também que a verdadeira maneira de honrar seus mortos é continuar sua obra - com o ardor e a perseverança que eles próprios dedicam a ela."
A trajetória de Bakunin é marcado por idéias e reflexões, podendo ser destacadas o conceito de liberdade, o ateísmo, o anarquismo coletivista, o federalismo, o materialismo, a crítica ao marxismo, a educação integral e a concepção de revolução social. Bakunin é um ícone do anarquismo e da revolta; a sua imagem segue sendo reproduzida em grafites nas ruas de grandes centros urbanos ou impresso em revistas, pets, camisetas e zines, em grande medida entre os adeptos da subcultura anarco-punk. Não é incomum que em algumas noites grupos de jovens entrem no cemitério e se reúnam para beber junto ao túmulo de Bakunin.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
COISAS DO TEU BLOG
Munir.....
Hoje resolvi escrever para você....achei melhor não colocar no teu blog....afinal ninguém precisa saber que sou eu a amiga que te questiona sobre escrever mal das mulheres.....
Realmente entender a alma feminina não é para qualquer um... somos complexas, somos difíceis...somos; quase não nos compreendem..com certeza. Porém, o que nos diferencia de vocês homens é que somos sonhadoras, nos apegamos com facilidade, nos deixamos levar pelos sentimentos e esquecemos que a razão é um bom caminho para não nos perdermos.
Mas dentro de nossa complexidade...assim é o que todos dizem!!!! somos simples, pelo simples fato de que só queremos ser felizes, ter alguém que nos ame, respeite, que saiba nos entender pelo olhar.....coisa que vocês homens com todo o raciocínio lógico, habilidade e agilidade não conseguem compreender e nem interpretar.......
Ah, e sobre tuas perguntinhas básicas, não vou falar por todas, mas por algumas, por quê você bem sabe que toda regra tem exceções......ir ao banheiro acompanhada, é uma tática....para analisarmos os gatinhos, falar sobre as barangas que estão “tentiando” quem a gente está de olho, ou até mesmo para a amiga dizer se a gente continua arrumadinha (maquiagem, batom.....)...sobre o cabeleireiro, ah Munir....é óbvio, deixar a auto estima lá em cima....quem que quando não está mal, estressado não quer se sentir melhor!!!! a aparência por pior das hipóteses, é uma fonte inesgotável de auto estima, que nos deixa de bem com a vida, de bom humor e muitas vezes até nos faz sentir competentes, poderosos.....Bom, sobre se arrumar para impressionar outras mulheres.....já não posso opinar.....por quê, eu, quando saio me arrumo para impressionar alguém do sexo oposto ao meu....heheheheh....já não vou poder te responder.....ou tentar!!!!
E não pense que estou brava com você, por estar escrevendo tudo isso....
Só acho que quem sabe na tua próxima escrita no blog, você consiga encontrar algo de bom em nós mulheres.....e transcreve-la....heheheheheh.............
Te desejo uma boa semana
bjo...
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
NÃO ESCREVO MAL DAS MULHERES
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
AS MULHERES E A OBSESSÃO POR CARROS - PARTE II
terça-feira, 16 de novembro de 2010
AS MULHERES E A OBSESSÃO POR CARROS
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
UMA MULHER IRRITANTE...
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
VERDADES E MENTIRAS X BEM E MAL
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
PATRICINHA FASCISTA
A estupidez está sempre ao alcance de todos. Mayara Petruso, patricinha paulista, estudante de Direito, saiu do anonimato para fama, via Twitter, graças a um coice na inteligência nacional.
Indignada com a vitória de Dilma Rousseff, a moça disparou este petardo: "Nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado. Tinham que separar o Nordeste e os bolsas-vadio do Brasil (...) Construindo câmaras de gás no Nordeste, matando geral". No Facebook, a burrinha racista se atolou um pouco mais: "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171". Mayara já perdeu o emprego no escritório onde trabalhava e sofrerá ação judicial protocolada pela OAB.
Alguns jovens universitários paulistas têm revelado um grau superior de idiotice. Depois da turminha que hostilizou uma guria por causa da sua minissaia, apareceu o bando do "rodeio das gordas", propondo tratar meninas obesas como animais. E agora entra em cena a tal Mayara. O escândalo maior é imaginar que isso representa uma opinião média difundida na Internet. Como será que a mulinha Mayara explica a vitória de Dilma em Minas Gerais? Achar que as ajudas sociais são incentivos à vagabundagem é típico de uma elite primitiva ou de uma classe média ignorante. Qualquer país civilizado, a começar por França, Alemanha, Inglaterra e, evidentemente, países escandinavos, oferece mais ajudas sociais que o Brasil. Não adianta ir à Europa só para comprar bolsas Vuitton. É preciso espiar o cotidiano.
Quem não recebeu e-mails dizendo que Dilma não podia ser candidata por ter nascido na Bulgária? Quantos analistas têm por aí sugerindo que os nordestinos são subeleitores que votaram com o estômago? Quando um empresário escolhe um candidato seduzido pela possibilidade de redução de impostos, o que é legítimo, não se trata de voto por interesse? Não é voto com o bolso? Quando ruralistas votam num candidato na esperança de conseguir mais incentivos, o que é comum, não é voto interesseiro? Mayara não deixa de ser o produto de uma estratégia perigosa, a divisão ideológica entre bem e mal. Foi essa perspectiva, cara ao vice Índio da Costa, que José Serra adotou. A revista Veja e o jornal Estado de S. Paulo deram aval a essa idiotice retrógrada. Uau!
O PSDB, que nasceu pretendendo ser moderno e racional, podia mais. Veja, que se acha mais moderna do que os modernos, acabou por produzir leitores Mayara. Isso não tem a ver com partidarismo como imaginam os mais simplórios ou ideológicos. Eu jamais terei partido. Meu único capital é a independência selvagem. Sou a favor do voto de castidade partidária para jornalistas. Tudo pela liberdade de dizer que quem acha o Bolsa-Família um incentivo à vadiagem pensa como Mayara. Esse foi o principal erro tucano na campanha eleitoral: ter guinado à direta para tentar seduzir as Mayaras, que arrastaram um intelectual progressista como Serra para o reacionarismo rasteiro do Estadão e da Veja. Mayaras, nunca mais!
Juremir Machado da Silva
Artigo publicado no Correio do Povo de 5/11/2010