terça-feira, 30 de novembro de 2010

AS MULHERES...E AS ESTATÍSTICAS...

Não sou fã de matemática, pelo contrário não consigo entender qual a utilidade de tantos x e y, no entanto sou chegado em estatísticas. Tenho acompanhado de perto os resultados do IBGE quanto ao número de habitantes no RS e no Brasil, por sexo e também quanto aos habitantes da zona urbana e rural. Recentemente participei de reunião com um coordenador regional do IBGE, e após apresentação dos dados, ele mencionou de um fato interessante, a diminuição constante de mulheres na zona rural e em cidades pequenas; por um motivo em especial. As mães não querem que suas filhas tenham a mesma vida que elas tiveram, ou seja, trabalhar em casa, casar, ter filhos. As mães querem que suas filhas estudem, tenham uma profissão, que casem e tenham filhos mais tarde. Nesse sentido, as mulheres estão indo para os grandes centros, seguindo dados do IBGE, somente em Porto Alegre existem 101.895 mulheres a mais do que homens. Assim podemos concluir que quanto menor a cidade mais homens, quanto maior a cidade mais mulheres. É importante, tanto para homens quanto às mulheres terem noção desses números, pois interferem diretamente nas relações entre ambos. Na atualidade, os objetivos de vida e de crescimento profissional na maioria das situações poderm ser distintos entre homens e mulheres. Principalmente em cidades pequenas, a velocidade de entendimento dessa contextualização anda a passos lentos. Com algumas excessões, as mulheres estão buscando seu espaço enquanto a maioria dos homens não perceberam ainda essa transformação na sociedade.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

...QUANDO NÃO PLANEJAMOS...

Tem algo que quanto mais o tempo passa, mais vejo como ser concreto. Os melhores acontecimentos ocorrem quando não esperamos....quando não planejamos. Os fatos mais marcantes, as pessoas mais interessantes que conheçemos, se dão em momentos inesperados...em viagens, passeios, grupos de estudos, nos bares da vida. O único lugar que sempre achei que nunca encontraria alguém interessante ou um fato marcante seria numa festa. Por quê, desculpem a minha chatiche, mas nas festas há um ar repleto de fantasias e ilusões, é um faz de contas...é o último lugar para se conhecer alguém. Sou um ser avesso a maioria das festas (não que seja contra, até gosto de algumas); no entanto para sair de casa para ir até uma festa para mim é um drama, é uma tortura. Porém, na última festa que participei (fui praticamente arrastado por um amigo, e já faz tempo) encontrei duas pessoas extremamente interessantes. Por acaso do destino ou não, nos sentamos próximos. Eu, a brasiliense e o finlandês...cada um no seu mundo, mas idéias e pensamentos próximos. Estávamos em uma festa comemorativa a um assentamento do MST. Ela, a brasiliense, realizando um pesquisa sobre o perfil parlamentar do falecido Deputado Adão Pretto. Ele, o finlandês, estava prestando consultoria a escolas do MST e conhecendo o Assentamento. Conversamos muito...sobre história, nem lembrei que estava numa festa. Foi marcante, essa conversa. Realmente fatos marcantes acontecem sem planejamento. Ora, conversar sobre história...numa festa...com uma brasiliense e com um finlandês...não existe planejamento para isso. Depois da conversa recebi dois livros da brasiliense e o terceiro está a caminho.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NIETZSCHE E ZARATHUSTRA

Recentemente li os traços bio-bibliográficos de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Achei interessante expor no blog algumas partes dessa bio-bibliografia, em especial sobre a parte referente ao livro "Assim falou Zaratustra". Tal resenha, como outros inúmeros livros clássicos e bibliografias podem ser encontrados no site www.culturabrasil.pro.br. Já realizei várias leituras sobre Nietzsche, em especial o livro "O anticristo" (1888). Segue abaixo então uma parte dessa bio-bibliografia:


"...Mas sua tarefa é solitária. Toda a civilização é produto de bases falsas, os eruditos são os que têm maior responsabilidade para lutar contra esse defeito, e questionar os próprios princípios. A cultura encontra-se em decadência, como resultado do afastamento da força da vida, tão escassa no universo. Nietzsche se afastou, ao enxergar a verdade cada vez mais longe. Mas pagou sua dívida por esse afastamento ao criar seu herói solitário, Zarathustra, um questionador da cultura e civilização, bem como da moral e valores sobre o qual ela se apóia. A tarefa de conscientização de Zarathustra não é fácil, ele encontra a ignorância do "populacho" em um tempo não definido. Zarathustra é o personagem principal de um romance filosófico-poético. Com trinta anos, sobe à montanha para escapar dos males das relações humanas e adquirir conhecimento da natureza. Vive em exposição aos elementos naturais, e junto aos seus animais (uma águia e uma serpente). Lá vive por dez anos, até saciar de seu conhecimento como abelha que produz muito mel, e parte para o convívio humano. A narrativa é pouca, o que preenche o livro são os discursos de Zarathustra. Ao descer encontra um velho e depois de dialogar se interroga: "será possível que este homem santo não saiba que deus morreu?" Nietzsche já havia feito essa afirmação na Gaia ciência, e desenvolve com Zarathustra. Os Deuses morreram de tanto rir, ao ouvir a afirmação de que só existe um Deus. Nietzsche pretende colocar com essa afirmação que a civilização racional afastou as interpretações místicas do mundo, prevalecendo na Terra, o senso comum, e nele não há lugar para Deus, pois o homem não pode suportar não ser Deus, e portanto Ele não existe. A ignorância do dogmatismo faz com que acreditemos em coisas absurdas. Pelo fato de não podermos explicar, colocamos nossas esperanças no fim das frustrações no além .

Para substituir a divindade morta, Nietzsche sugere o super-homem: o bom senso da Terra. O que há de nobre do homem é ser ele um fim , e não um meio. O super-homem é a ponte, é ele o raio. O homem é algo que será superado. Ele é o resultado da vontade de potência exercida, um paradigma da virilidade e virtuosismo. Se coloca além do bem e do mal, e fez seus valores em pedaços. O povo ri do discurso de Zarathustra, que resolve não pregar mais em praças.

Ao longo do livro Zarathustra viaja e expõe sua doutrina sobre assuntos diversos, adquirindo alguns discípulos. Os poetas mentem em demasia, Zarathustra expõe a verdade. É um apoio à margem do rio, mas não uma muleta. Por trás de toda a moralidade existe a vontade de poder. O homem deve exercer o poder da vida, de modo a servir de solo ao super-homem. A moral é uma força contrária à natureza. Para chegar ao super-homem, Nietzsche não descarta a eugenia, a procriação para fins de superação. Passa-se o sangue e a alma para o filho, que continua as obras. O sangue é espírito também. A educação deve enobrecer o espírito humano, e não restringi-lo. Uma vida viajante faz com que não nos prendamos em rotinas, tem que se viver em estado de alerta, como guerreiro. Zarathustra só poderia crer num Deus que dança, pois todos os dias em que não há danças estão perdidos. Zarathustra critica o Estado, pois ele não representa o povo. Tudo nele é falso, diz Zarathustra. O homem deu valores às coisas afim da auto-conservação, um valor humano, inadequado. A humanidade não existe, pois é uma abstração.

Os sábios servem o povo e a superstição, não a verdade. Ela está onde o povo está. Zarathustra conversa com a vida e com os animais, que chegam a cuidar dele em sua época de doença e delírio. A vida lhe confia um segredo: "Olhe, eu sou o que deve ser superior a si mesmo". Zarathustra crítica os estultos e ama a liberdade. É o último dos sábios, e conhece a arte da retórica.

Zarathustra parte em busca de novos horizontes, Primeiro vai para as ilhas bem aventuradas, depois se aventura para além do oceano. Passa pela cidade dos tolos, escorraça-os. Encontra aquele que matou Deus, sempre em busca do homem superior. Mas volta para a terra onde morava, quer retornar à sua gruta. Ouve o grito do homem superior, e no caminha encontra diversas personagens: os reis, o viajante, o homem mais feio, o mendigo. Convida-os tanto para um jantar em sua gruta, onde se dá a ação final. Lá há espaço e comida para todos. Zarathustra consegue o reconhecimento desses homens, com seu pensamento, que de modo crítico, coloca a arte e poesia como força criadora e de vida, o único valor possível.

Os outros livros de Nietzsche são influenciados pelo o de Zarathustra. Nietzsche se superou, como pensador da cultura e artista. Sua influência na filosofia posterior é grande, como em Deleuze, Heidegger e Foucault. Depois da segunda guerra, houve uma retomada da interpretação de sua filosofia, em sua acepção original, não deturpada. Fez a crítica da modernidade, e seu bravo peito desbravou os horizontes possíveis com o artifício da linguagem, e não cedeu diante as adversidades, em sua vida incomum. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filólogo e filósofo, foi um grande escritor. Suas obras têm um tom profundo e coeso, como em Platão."

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MIKHAIL BAKUNIN

Estou lendo "Deus e o Estado" de Mikhail Bakunim, não se trata de um livro, é uma éspécie de fragmentos de cartas ou um relatório, datado de 1882. Na verdade, estou escrevendo não em razão do conteúdo exposto nesses fragmentos de cartas, até em razão de que discordo de alguns pontos do autor. O que chamou-me atenção foi a biografia de Bakunin.

Segundo Carlo Cafiero e Elisée Reclus (Genebra,1882) "...amigos e inimigos sabem que este homem foi grande no intelecto, na vontade, na energia perseverante; sabem que grau de desprezo ele ressentia pela fortuna, pela posição social, pela glória, todas estas misérias que a maioria dos humanos têm a baixeza de ambicionar. Fidalgo russo, aparentado da mais alta nobreza do império, entrou, um dos primeiros, nesta orgulhosa associação de revoltados que souberam se libertar das tradições, dos preconceitos, dos interesses de raça e de classe, e desprezar seu bem-estar. Com eles enfrentou a dura batalha da vida, agravada pela prisão, pelo exílio, por todos os perigos e todas as amarguras que os homens devotados sofrem em sua existência atormentada.

Uma simples pedra e um nome marcam no cemitério de Berna o lugar onde foi depositado o corpo de Bakunin. E, talvez, muito para honrar a memória de um lutador que tinha as vaidades deste gênero em tão medíocre estima! Seus amigos não farão construir para ele, certamente, nem faustosos túmulos nem estátua. Sabem com que amplo riso ele os teria acolhido se lhe tivessem falado de um jazigo edificado em sua glória. Sabem também que a verdadeira maneira de honrar seus mortos é continuar sua obra - com o ardor e a perseverança que eles próprios dedicam a ela."

A trajetória de Bakunin é marcado por idéias e reflexões, podendo ser destacadas o conceito de liberdade, o ateísmo, o anarquismo coletivista, o federalismo, o materialismo, a crítica ao marxismo, a educação integral e a concepção de revolução social. Bakunin é um ícone do anarquismo e da revolta; a sua imagem segue sendo reproduzida em grafites nas ruas de grandes centros urbanos ou impresso em revistas, pets, camisetas e zines, em grande medida entre os adeptos da subcultura anarco-punk. Não é incomum que em algumas noites grupos de jovens entrem no cemitério e se reúnam para beber junto ao túmulo de Bakunin.
Com certeza, Bakunin almejaria sempre jovens bebendo ao redor de seu túmulo e discutido os problemas sociais, do que uma lápide majestosa de concreto, repleta de flores de pástico...sem vida.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

COISAS DO TEU BLOG

Recebi o seguinte e-mail de uma amiga:

Munir.....
Hoje resolvi escrever para você....achei melhor não colocar no teu blog....afinal ninguém precisa saber que sou eu a amiga que te questiona sobre escrever mal das mulheres.....
Realmente entender a alma feminina não é para qualquer um... somos complexas, somos difíceis...somos; quase não nos compreendem..com certeza. Porém, o que nos diferencia de vocês homens é que somos sonhadoras, nos apegamos com facilidade, nos deixamos levar pelos sentimentos e esquecemos que a razão é um bom caminho para não nos perdermos.
Mas dentro de nossa complexidade...assim é o que todos dizem!!!! somos simples, pelo simples fato de que só queremos ser felizes, ter alguém que nos ame, respeite, que saiba nos entender pelo olhar.....coisa que vocês homens com todo o raciocínio lógico, habilidade e agilidade não conseguem compreender e nem interpretar.......
Ah, e sobre tuas perguntinhas básicas, não vou falar por todas, mas por algumas, por quê você bem sabe que toda regra tem exceções......ir ao banheiro acompanhada, é uma tática....para analisarmos os gatinhos, falar sobre as barangas que estão “tentiando” quem a gente está de olho, ou até mesmo para a amiga dizer se a gente continua arrumadinha (maquiagem, batom.....)...sobre o cabeleireiro, ah Munir....é óbvio, deixar a auto estima lá em cima....quem que quando não está mal, estressado não quer se sentir melhor!!!! a aparência por pior das hipóteses, é uma fonte inesgotável de auto estima, que nos deixa de bem com a vida, de bom humor e muitas vezes até nos faz sentir competentes, poderosos.....Bom, sobre se arrumar para impressionar outras mulheres.....já não posso opinar.....por quê, eu, quando saio me arrumo para impressionar alguém do sexo oposto ao meu....heheheheh....já não vou poder te responder.....ou tentar!!!!
E não pense que estou brava com você, por estar escrevendo tudo isso....
Só acho que quem sabe na tua próxima escrita no blog, você consiga encontrar algo de bom em nós mulheres.....e transcreve-la....heheheheheh.............
Te desejo uma boa semana

bjo...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

NÃO ESCREVO MAL DAS MULHERES

Fui questionado por uma amiga sobre o que escrevo no blog, ela me disse que nas minhas entrelinhas ando escrevendo mal das mulheres, acredito no entanto, que falo bem das mulheres. Eu amo as mulheres, do meu modo ,é claro. Eu adoro as mulheres, gosto de escrever sobre mulheres e para as mulheres. As mulheres despertam muita atenção, e principalmente compreensão e interpretação. São um estudo de caso. Entender o mundo feminino requer muito estudo. Não é fácil entender por quê uma mulher quando vai para uma festa, se arruma para impressionar outras mulheres e não os homens?, será que estou enganado? ou por quê uma mulher quase nunca consegue ir sozinha no banheiro num ambiente público? ou quando uma mulher não está muito legal, com algum problema, a primeira coisa a fazer é ir para o cabeleireiro mudar o cabelo? Isso não é falar mal, é falar bem. Com certeza existem muitos questionamentos sobre os homens também, mas não tem graça fazer tais questionamentos, as respostas são previsíveis. As mulheres não. As respostas podem ser diversas e imprevisíveis. Não estou falando mal das mulheres, acreditem, eu juro.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

AS MULHERES E A OBSESSÃO POR CARROS - PARTE II

Como mencionei anteriormente, não tenho carro por opção, é uma forma de me auto controlar, é um meio de me manter mais centrado, pois acreditem, eu iria viajar muito...longe, não sei se voltaria, assim permaneço mais contido, viajo até onde meus pés e bolsos alcançam. Alguns poucos pensam como eu. Vou contar um segredo de um amigo, não deveria, ele fez um teste, e o resultado era o esperado. Meu amigo sempre ao começar um relacionamente com uma mulher sonegava algumas informações, ela nunca dizia que não tinha carro. Conforme o nosso combinado ele deveria dizer que não possuia carro apenas no final do encontro. E adivinhem o resultado...o relacionamento durava apenas um encontro. Meu amigo é uma pessoa educada, culta, tem um bom salário, e uma vida bem estável, seria um prato cheio para as casamenteiras de plantão. No entanto ele tem um problema, ele não tem carro, e como conheço bem ele, acredito que não queira um carro, e não irá mudar de idéia sobre esse assunto. Com isso retorno novamente o questionamento, alguém pode me explicar que obsessão é essa por carros, com certeza não é para se locomover, como meio de transporte. Uma vez uma mulher me disse quando confrontada por essa questão: - "Eu acho que as mulheres gostam de homens que tem carro, por quê elas nunca tiveram carro". Fiquei pensando nessa resposta, faz até sentido, por um lado. Mas não me convenceu a resposta. Espero outra....resposta.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

AS MULHERES E A OBSESSÃO POR CARROS

Tenho um sonho, na verdade não é um sonho, é uma vontade de compreender ou ao menos tentar compreender, o porquê da obsessão das mulheres por carros? É interessante analisarmos, com certeza a psicologia explica ou a filosofia ou a sociologia. Mulher gosta de homem que tem carro, quero dizer, gosta do carro. Faço esses questionamentos, por que sou leigo nesse assunto. Não tenho carro, por opção própria, não me faz falta, imagina eu com um carro, onde iria parar, Imagino, estou dizendo imagino, sem caráter científico, que a maioria das mulheres (a sempre excessões (que bom)) precisam formar uma imagem, carro significa poder, status, fantasia, um lugar na sociedade, demarcar território. Mas que me perdoem algumas mulheres, mas as vezes elas forçam...Muitos homens (que me perdoem também) não tem nada , apenas o carro, mas é o suficiente, o que importa é combustível, trabalhar para ter combustível. Tendo combustível, terá uma mulher sempre do lado. Não sei quem engana quem, ambos se enganam ou ninguém engana ninguém . O carro representa uma forma sublime de altivez, de soberba, que geralmente mascara o real cotidiano, principalmente dos homens. Seria interesse pesquisarmos quem são as mulheres que gostam de homens que tem carros, qual seu perfil?; bem como também quem são os homens que fazem se passar por outra pessoa em razão do carro? As aparências enganam ou não. O carro deixou a muito de ser algo impossível, todos podemos ter um carro, "isso é simples", por isso não entendo essa obsessão das mulheres. Ter um carro nem sempre representa o estado financeiro de uma pessoa, isto está claro na nossa sociedade, basta apenas ver. Boa sorte as marias gasolinas, boa sorte as malandrões....

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UMA MULHER IRRITANTE...

Se existe algo que deixa um boêmio nervoso é uma mulher irritante...mulher pegajosa no bar. Conheço uma mulher que acompanha seu marido em todas as situações, inclusive no bar, durante as conversas, durante uma cerveja e outra, nada contra, inclusive para mim ela já se tornou um homem. Mas o que irrita é sua implicância com o marido no bar, controlando a sua bebida, insistindo para ir embora, preocupando-se no valor a ser pago no final. Isso é irritante....essa implicância com o "próximo" é entre meio as nossas conversas. Noite passada nossas discussões tiveram como base o Enem e as políticas públicas municipais (ou a falta delas), e aquela bendita mulher irritando todos....confesso que estou quase no meu limite, acho que na próxima vou perder a compostura. E para piorar, ela ainda é ciumenta. Até hoje não conheci mulher ciumenta que tenha mantido o casamento com um boêmio. Boa sorte para eles...vão precisar. Espero que na próxima junção de boêmios, ela não venha...Se tem algo que um boêmio desteste é hora marcada para voltar para casa, e se tem algo que odeie mais ainda é ter alguém junto sempre lembrando a hora e insistindo para ir para casa. Ela é irritante....

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

VERDADES E MENTIRAS X BEM E MAL

É interessante analisarmos o comportamento de uma pessoa temente a deus quando confrontado com um ateu. A primeira reação de um cristão é logo, tentar associar o ateu como uma pessoa do mal, do diabo; isso beira ao ridículo...Se para o ateu não existe deus consequentemente não existe o diabo. O ateu entende que existem verdades e mentiras, os cristãos radicais apenas a existência do bem e o mal. Quem não acredita em deus, então é do mal, isso reflete idéias da idade média, do tempo da inquisição. O mal e o bem estão ligados as atividades do cotidiano, nas suas ações e atitudes, independe de acreditar ou não em deus. Mas infelizmente as igrejas precisam do mal e do pecado...elas precisam sobreviver. O bem e o mal são os alicerces das instituições religiosas; as verdades e as mentiras fazem os indivíduos pensarem. Quando uma pessoa pensa...se torna perigosa para a igreja e seus fiéis.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PATRICINHA FASCISTA


A estupidez está sempre ao alcance de todos. Mayara Petruso, patricinha paulista, estudante de Direito, saiu do anonimato para fama, via Twitter, graças a um coice na inteligência nacional.
Indignada com a vitória de Dilma Rousseff, a moça disparou este petardo: "Nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado. Tinham que separar o Nordeste e os bolsas-vadio do Brasil (...) Construindo câmaras de gás no Nordeste, matando geral". No Facebook, a burrinha racista se atolou um pouco mais: "Afunda, Brasil. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar vagabundos que fazem filhos pra ganhar bolsa 171". Mayara já perdeu o emprego no escritório onde trabalhava e sofrerá ação judicial protocolada pela OAB.

Alguns jovens universitários paulistas têm revelado um grau superior de idiotice. Depois da turminha que hostilizou uma guria por causa da sua minissaia, apareceu o bando do "rodeio das gordas", propondo tratar meninas obesas como animais. E agora entra em cena a tal Mayara. O escândalo maior é imaginar que isso representa uma opinião média difundida na Internet. Como será que a mulinha Mayara explica a vitória de Dilma em Minas Gerais? Achar que as ajudas sociais são incentivos à vagabundagem é típico de uma elite primitiva ou de uma classe média ignorante. Qualquer país civilizado, a começar por França, Alemanha, Inglaterra e, evidentemente, países escandinavos, oferece mais ajudas sociais que o Brasil. Não adianta ir à Europa só para comprar bolsas Vuitton. É preciso espiar o cotidiano.

Quem não recebeu e-mails dizendo que Dilma não podia ser candidata por ter nascido na Bulgária? Quantos analistas têm por aí sugerindo que os nordestinos são subeleitores que votaram com o estômago? Quando um empresário escolhe um candidato seduzido pela possibilidade de redução de impostos, o que é legítimo, não se trata de voto por interesse? Não é voto com o bolso? Quando ruralistas votam num candidato na esperança de conseguir mais incentivos, o que é comum, não é voto interesseiro? Mayara não deixa de ser o produto de uma estratégia perigosa, a divisão ideológica entre bem e mal. Foi essa perspectiva, cara ao vice Índio da Costa, que José Serra adotou. A revista Veja e o jornal Estado de S. Paulo deram aval a essa idiotice retrógrada. Uau!

O PSDB, que nasceu pretendendo ser moderno e racional, podia mais. Veja, que se acha mais moderna do que os modernos, acabou por produzir leitores Mayara. Isso não tem a ver com partidarismo como imaginam os mais simplórios ou ideológicos. Eu jamais terei partido. Meu único capital é a independência selvagem. Sou a favor do voto de castidade partidária para jornalistas. Tudo pela liberdade de dizer que quem acha o Bolsa-Família um incentivo à vadiagem pensa como Mayara. Esse foi o principal erro tucano na campanha eleitoral: ter guinado à direta para tentar seduzir as Mayaras, que arrastaram um intelectual progressista como Serra para o reacionarismo rasteiro do Estadão e da Veja. Mayaras, nunca mais!

Juremir Machado da Silva
Artigo publicado no Correio do Povo de 5/11/2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O LANCHE E O LIVREIRO DE CABUL

No dia 29, participei de caminhada no centro de Porto Alegre com o ministro dos Esportes Orlando Silva, com a deputada Manuela D'Ávila, com o vice-governador Beto Grill, com outros deputados; com diversos atletas, como o judoca João Derly, o ginasta Mosiah Rodrigues, o árbitro Carlos Simon, entre outras pessoas vinculadas ao Esporte. No retorno à D'iamargar, mais uma vez repetiu-se aquela velha história...a mania dos motoristas de ônibus realizarem paradas para lanche em locais onde os preços são altos (os motoristas não pagam, é lógico). Não se trata de uma questão de dinheiro, mas será que não poderiam realizar paradas em locais em que os preços sejam acessíveis a todos os passageiros, muitos não tem condições e permanecem no ônibus. Mas para minha grata surpresa, neste local insalubre para os bolsos, encontrei algo que há muito estava procurando, e pasmem por um preço justo. Encontrei o livro "O livreiro de Cabul", que há tempo estava tentando adquir, apesar de já publicado a algum tempo. Já tinha ouvido belos comentários sobre o livro, realmente é formidável, aconselho a leitura deste para todos, principalmente as mulheres. " O livreiro de cabul", escrito pela jornalista norueguesa Asne Seierstad, descreve o cotidiano de uma família e suas relações sociais, no Afeganistão, após a queda do Talibã. Temas como casamento e relação entre marido e mulher embasam o livro. Durante a leitura do livro na viagem de volta, cheguei até mesmo a esquecer minha revolta com os preços exorbitantes dessas lancherias à beira de estrada.