...FALTA DE SENSIBILIDADE....

Ontem passei o dia as margens da BR 386, no município de Iraí, próximo a divisa com Santa Catarina, na mobilização dos pequenos agricultores, que tinha como propósito sensibilizar o governo federal para efetuar a renegociação de débitos dos mesmos, bem como também a liberação de recursos federais para o setor de preservação ambiental. Realmente foi um dia para análises...é impressionante como a maioria das pessoas preocupam-se apenas com o seu "umbigo", como o mundo de certas pessoas é pequeno. A princípio para chegarmos ao local da mobilização já foi um parto...a polícia federal barrou a nossa passagem, interferiu no nosso direito de ir e vir...digamos que eu seja veterano em muitas coisas, mas é a primeira que alguém me impediu de trafegar por uma estrada...em pleno ano de 2010 me senti em plena ditadura...um policial armado até os dentes..."parecia um mini robocop"...dentro de sua autoridade, nos impedindo de trafegar pela BR....uma insensibilidade enorme dentro de um cérebro pífio...e ao meu lado eu só via simples camponeses querendo chegar ao local da mobilização..."é que eu já havia me esquecido que agricultores devem permanecer nas suas terras, só trabalhando, não podem reivindicar, quem reivindica é vagabundo, tem que trabalhar apenas...devem seguir a ordem social"....à margem social....É impressionante também como muitos caminhoneiros reagiam ao bloqueio, todos nervosos...precisavam entregar suas cargas....infelizmente essa classe não sabe a força que tem...eles estão preocupados com a entrega da sua carga e receber seu mísero salário...enquanto outros lucram com isso. Eles não sabem a força que tem...que pena...A falta de sensibilidade das pessoas com causas sociais é de assustar....o pensar coletivo assusta as autoridades....e é discriminalizado pelos ignorantes....

PÃES E OVOS NA SEGUNDA-FEIRA

Ultimamente as noites mal dormidas me ajudam a pensar...a insônia até que tem o seu lado bom...auxilia nas reflexões ou as complica. Em recentes debates com entes próximos e não tão próximos assim...veio a tona uma questão, o que fazer no feriadão de Corpus Crhisti? Muitos terão esse feriado outros não....muitos sabem que ele existe outros o desconhecem...alguns vão agitar, outros descansar. Muitas pessoas não vão viajar por que tem que economizar, estão com dívidas...onde é que já se viu gastar com viagens...imagina só na segunda-feira...tem luz e água para pagar, tem que ir para o supermercado comprar comida. Mas há algo interessante nisso tudo, viajar ou não viajar não muda muito as coisas. Se formos viajar ou não, na segunda-feira a conta de luz e água estará no mesmo lugar....independente de viajar ou não temos que nos alimentar...infelizmente as dívidas sempre existirão...a não ser que se auto-exclua da sociedade. Para muitos viajar parece ser o fim...um bicho de sete cabeças...imagina quatro dias...tem que poupar dinheiro....economizar. Eu como um bom ateu, agradeço a Igreja pela benevolência de permitir a oportunidade de haver um feriado...e vou viajar sim...nem que na segunda-feira meu almoço e jantar sejam apenas pão com ovo...mas feliz.

VIVER A VIDA

Para ser bem sincero...eu odeio novelas...não assisto...mas infelizmente ouço comentários sobre elas. Entendo ser oportuno refletirmos sobre o que aconteceu no último capítulo da novela Viver a Vida.

Negros matam favelado no fim da novela. Qual a moral da história?

De acordo com Laura Mattos, da Folha Online, a novela Viver a Vida, de Manoel Carlos, que terminou na sexta-feira (14), foi a pior audiência da década e teve o maior lucro com merchandising.
Por Claudia Santiago, no Núcelo Piratininga de Comunicação

Laura diz que, segundo a Folha de S.Paulo, o declínio de ibope nas novelas das oito é contínuo desde 2005.
Tomara que continue a cair muito. Assim, menos gente viu o personagem que optou viver na favela ser assassinado.
O rapaz decide ser trabalhador. Mas na favela não tem jeito, diz o autor da novela.
Voltou para lá, morre. E os assassinos eram todos negros.
No final da trama, todos os bandidos acabaram felizes, menos o favelado.

Qual a moral da história?

(extraído do site www.vermelho.org.br)

ROUPAS....

Em recente debate com colegas referente à quais roupas mais condizentes para se usar nas cidades de médio e grande porte, expus minhas comparações. A forma de como as pessoas se vestem em Passo Fundo é muito diferente de como as pessoas se vestem em Porto Alegre ou São Paulo. Em Passo Fundo por exemplo a maioria das pessoas se vestem para um desfile de moda, para um cotidiano de aparências, ao contrário dos grandes centros onde há uma maior simplicidade. Quando coloco esses exemplos me condiciono as pessoas que podem ser vistas nas ruas, não em festas ou eventos, me refiro exclusivamente às ruas. Entendo que nos grandes centros as pessoas tem outras preocupações...em Passo Fundo ou em outras cidades de médio porte a preocupação central é o ter, mesmo que não tenha... Mas cada um mostra o que tem de melhor...uns mostram a inteligência, outros a roupa, outros mostram o corpo, outros mostram o carro...cada um mostra o que tem de melhor....mas se não tem nada para mostrar..."acho importante mostrar a roupa, isso agrega muito valor ao ser humano". Quando o intelecto não preenche o corpo ou a alma...as roupas ocupam esse espaço ocioso. Agora virou moda comprar botas...daqui uns dias faltarão cavalos para montaria...

OS MORTOS-VIVOS....

É impressionante como existem pessoas que nasceram para não viver...estão mortas desde seu nascimento, e não sabem disso...são almas penadas vagando....vegetando dentro da normalidade. Muitas pessoas não vivem por que o cotidiano que a cerca não as deixam nem respirar, imagina pensar então...Muitas pessoas vivem para os filhos...para o marido, para a esposa...muitos vivem só para os bens materiais, outros vivem só para trabalhar, outros vivem para nada. Muitos estão extremamente infectados por alguma obsessão religiosa, onde há apenas o bem e o mal...numa luta constante contra o pecado...vivem numa paranóia sobrenatural no real. Muitos vivem de novelas e domingões do faustão, outros vivem apenas de jogos de futebol, outros vivem de receitas gastronômicas e casas limpas e organizadas, outros praticam atividades de lazer pífias. Muitos vivem só pagando dívidas...outros vivem para não te-las. Para muitos o não viver é o viver...mas não sabem disso...por um lado é bom (para eles), vão viver mais (em idade apenas). Uma das situações mais difíceis dessa vida é conversar com um morto-vivo, os mortos-vivos só entendem o bem e o mal, não distinguem verdade de mentira, ou em outras situações distinguem ao extremo, um morto-vivo vive em um mundo de fantasia...ou em um mundo real até demais...

FALTA DE VISÃO......

Realmente é uma pena quando interesses pessoais estão acima do coletivo...Muitas pessoas pensam pequeno, entendem que enaltecendo seus desejos pessoais conseguiram apropriar-se do pensamento coletivo, sendo que na verdade é o contrário. Partindo do fortalecendo do grupo é que se chega a um nome ideal, coeso, sensato...a história está repleta de exemplos de como não se cometer erros...até hoje não conheci nenhum individualista que tenha se dado bem num "ambiente" em que há dependência do coletivo...mais cedo ou mais tarde "a casa cai"...não adiantando assim futuras lamentações...a falta de visão é d'iamargar....

NAS ENTRE LINHAS DA MÍDIA....

Ultimamente ando lendo e ouvindo muito, e refletindo mais ainda. Gostaria que a maioria das pessoas também refletissem sobre suas leituras, seria de um benefício inigualável a sociedade. Vou citar exemplos, seria bom que ao ler a revista Veja e o Jornal Folha, e ao ouvir a Rede Globo, as pessoas não escutassem ou lessem apenas as notícias, mas tentassem interpretá-las...vocês iriam se surpreender pelo que há por trás...há um esforço grandioso dessas citadas em direcionar pensamentos e idéias...é necessário refexão sobre nossas leituras...sempre. Vamos no deter em cima da Veja, mesmo que não possamos "enchergar" a dita revista defende suas idéias. Quando lemos a Veja podemos ver nas suas entre linhas que defende a privatização da educação e outras privatizações, tem uma relação direta com grupos estrangeiros, defende a abertura do capital, é defensora de programas neoliberais, assume e defende programas econômicas, vive atacando o serviço público e enfatiza a suposta falência do Estado, e assim por diante. Por isso sigo dizendo, reflitam após suas leituras... a mídia influência....não sejamos marionetes.

RADICAIS OU SENSATOS?

Por Juremir Machado da Silva
Escrtior, professor e colunista de Correio do Povo

Candoca vive em Palomas. É um ingênuo. Na juventude, leu Voltaire e acreditou que o nariz existe para segurar os óculos. Tem lógica. Candoca é obcecado por radicais. Nesta semana, ele leu na Internet declarações da senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), e de João Pedro Stédile, principal líder do MST.
A leitura do que disseram esses dois expoentes da agricultura nacional deixaram Candoca confuso. Stédile defendeu uma mudança no modelo agrícola: quer diminuir o uso de agrotóxicos nas lavouras, limitar o controle das multinacionais sobre a produção agrícola brasileira e associar camponeses e população urbana na construção de uma nova realidade na produção de alimentos. Candoca ficou preocupado. Perdeu o rumo.
Stédile sustentou que três ou quatro megaempresas globais dominam o mercado nacional de sementes, insumos e fertilizantes. Garantiu que elas estimulam os agricultores a usar muito veneno, fazendo do Brasil o maior consumidor do mundo de agrotóxicos, com 720 milhões de litros por ano. Essas empresas, segundo ele, ditam a lei na produção brasileira. Os venenos contaminam o solo e as águas.
Sem contar que acabam no estômago de todos nós, especialmente dos mais pobres, que não podem comprar alimentos orgânicos em feiras chiques. Por fim, Stédile explicou que ocupações sempre acontecem quando poucos controlam muitas terras e muitos não possuem terra alguma para explorar. Candoca soltou uma exclamação: "Que sujeito sensato!" Dona Marcolina reagiu: "É um radical".
Perplexo, Candoca foi ler uma entrevista recente da combativa senadora Kátia Abreu. Ela reclama o uso da Força Nacional para evitar novas invasões de terra com o seguinte argumento: "A Força Nacional não tem o hábito de colaborar para evitar o tráfico de drogas, a pirataria e a pedofilia? É a mesma coisa. A Força Nacional vem para trazer paz, e não o conflito".
Candoca ficou boquiaberto. Parecia um jundiá recém-pescado. Invadir ou ocupar terras é igual a atos de pedofilia? Intelectualmente limitado, o ingênuo começou a rir. Questionada sobre a importância de se reduzir a desigualdade social, Kátia Abreu declarou: "Nós não temos obrigação. Quem vai querer dividir sua terra? Não somos sócios do programa da reforma agrária".
Que coisa, hein? Candoca não compreendeu. Está convencido de que não há expropriações no Brasil e de que as terras são compradas a bom preço pelo Estado para fins de reforma agrária. Pobre do Candoca, sempre tão confuso.
Bobalhão, Candoca acha que um país é como um condomínio: não pode uma família ocupar todos os andares enquanto todos os andares se amontoam embaixo da escada. Ao terminar de ler as declarações de Kátia Abreu, Candoca soltou um urro: "Que mulher radical!".
Dona Marcolina tratou de aplicar-lhe um corretivo. "É uma mulher muito sensata", disse. Candoca respeita muito Dona Marcolina. Jamais se atreve a discordar dela. Tratou de mudar de opinião. De fato, concluiu, Stédile é um baita radical. Onde já se viu querer um novo modelo agrícola? Comuna!
(artigo publicado no Correio do Povo, em 30 de abril de 2010)

FUGITIVE PIECES

Após mais uma longa noite de insônia...não poderiam existir as noites de domingo para segunda...para os "zumbis" como eu, essas noites são uma tortura. Mas essa noite no entanto, foi até bem produtiva, assisti um filme no canal HBO e indico para vocês. O filme se chama Fugitive Pieces, é um longa metragem, do gênero drama, que conta sobre uma criança que escapa da Polônia durante a segunda guerra mundial e foge para a Grécia e posteriormente vai para o Canadá, país no qual passa a viver. Na verdade, o filme apresenta todos os malefícios que o nazismo acarretou na estrutura familiar, principalmente dos judeus. É um filme muito interessante, em que demonstra os medos, angústias, amores...e acima de tudo a convivência com o passado e seus fantasmas.

DELÍRIOS

As palavras da Regina ecoam ........podem ser vistas no site:www.vermelho.org.br


Os delírios de Dom Dadeus

Regina Abrahão *

Para o arcebispo gaúcho a responsabilidade pelos abusos sexuais cometidos por integrantes da igreja católica é a sociedade atual, onde a liberdade sexual permite que inclusive homossexuais tenha direito de manifestação pública.

Abertura de assembléia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Brasília. O arcebispo Dom Dadeus Grings, falando em pedofilia conseguiu comprometer ainda mais a Igreja católica, quando põe a culpa dos abusos sexuais cometidos por padres católicos na sociedade, que ele classificou de pedófila. Mais: para ele, somente a castidade seria necessária para resolver o problema da pedofilia.

Segundo o arcebispo, a pedofilia cometida por sacerdotes católicos é ínfima em relação ao que acontece fora da igreja. Segundo ele, os abusadores católicos são poucos, e o destaque dado aos casos é feito por pessoas incomodadas com a promoção da castidade. Vai mais longe, afirmando que a falta de castidade que ele classifica como excesso de liberdade sexual é responsável não só pela pedofilia, mas também por problemas como a homossexualidade.

Na verdade o arcebispo homofóbico falou não em homossexualidade, mas em homossexualismo. E vai mais longe: Lembra, com saudades, do tempo em que não se tocava no assunto, os homossexuais eram discriminados e não tinham direito de se manifestar em público. E conclui associando homossexualidade com pedofilia, uma vez que agora que os homossexuais tem direito de se manifestara publicamente, o que, segundo ele, abre precedente para que os pedófilos se organizem e reivindiquem seus direitos.

Na verdade não houve aumento dos casos de pedofilia. Está havendo sim uma maior publicização dos casos, antes guardados a sete chaves pela cúpula católica. E não por vontade ou mea-culpa da igreja. É que são tantos os casos que não havia mais como evitar o escândalo. E se castidade resolvesse ou coibisse o problema, ele não ocorreria em tamanha proporção dentro da igreja católica.

Ou seja, Dom Dadeus delirou. Tivéssemos nós aprovada a lei que criminaliza a homofobia, eis nosso arcebispo na cadeia! A sordidez das afirmações, o cinismo do discurso, o moralismo católico que tantas vítimas fez ao longo da nossa história vitimou seus desafetos. E, ao colocar a igreja como “vítima das páginas de jorrnais, revistas e outros meios de comunicação, fustigada, exposta ao público ludíbrio, por causa de fraquezas de alguns de seus membros”, minimiza e dilui a responsabilidade dos trágicos casos de pedofilia protagonizados por seus membros.

Enfim, o mais estarrecedor nem são as desculpas sem fundamento do arcebispo. O que assusta mesmo é a associação de um crime, que é a pedofilia, responsável por incontáveis mazelas posteriores. Injustificável por que geralmente cometido contra vítimas por aqueles que lhe teriam obrigação de proteger com a homoafetividade. Que é questão combatida pela igreja com tamanha voracidade que só pode assustar e atemorizar a todos e todas que porventura pensem na igreja católica como um espaço de dignidade do ser humano.



* Funcionária pública, dirigente municipal do PCdoB de Porto Alegre, estudante de ciências sociais da UFRGS. Dirigente da Semapi - RS

VIDA A DOIS....

É impressionate como está cada vez mais difícil a convivência a dois...como já se diz por aí...é simples separar um casal...é só coloca-los juntos...para separar um casal é só uni-los...com algumas raras excessões. Não entendo por que existem milhares de casais de "faz de contas", apresentam uma imagem para sociedade, que não é a verdadeira...alegres por fora ...tristes por dentro. Situações como filhos, condição financeira, crenças religiosas, não apoio familiar... impedem que haja mais separações. Mas aumenta a dor, a tristeza, a baixa estima, as traições, o rancor, os desentendimentos públicos e particulares.