DEPRESSÃO....REMÉDIOS....VIDA....

Em 2005, na UNIJUÍ, iniciei uma pesquisa, sobre a influência dos exercícios físicos na prevenção da depressão na terceira idade (na verdade não foi bem esse o título, mas a idéia era essa); não cheguei a terminá-lo em razão de que minhas idéias divergiram com a do orientador. Por quê levanto esse assunto a tempo já deixado de lado? Naquele momento da investigação não tinha o real entendimento da gravidade do impacto que a depressão está fazendo na nossa sociedade e principalmente nas famílias. A depressão está em quase todas as famílias, alguns casos são visíveis outros não. O que preocupa realmente é como a depressão é tratada...abaixo de muito remédio....somente remédio. Mudanças simples de comportamento poderiam auxiliar no tratamento. A maioria das pessoas com depressão que conheço viveram a maior parte de suas vidas no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas, sempre em função dos outros, como sempre digo "vegetando". Às vezes esse conformismo (não poder mudar) com o cotidiano ou uma brusca mudança nesse cotidiano levam as pessoas a tornarem-se mais propensas a depressão. As relações sociais inferem diretamente nessa questão, mas parece que é mais simples indicar o uso de remédios. Muitas pessoas não precisam de remédios, precisam de vida, de amor, viajar, sentirem-se úteis, fugir da rotina, precisam de companherismo, de parceiros, precisam conversar com pessoas diferentes, em outros locais...O cotidiano sufoca, a rotina esmaga, o trabalho acomoda...os remédios servem de maquiagem....temporária.