Como todos sabem, não resisto a uma viagem, independente para onde for, não resisto mesmo. No entanto essa semana recebi um convite inusitado. Recebi um convite para ir a um velório em Porto Alegre. Não resisti...aceitei o convite. Quanto ao defunto, não tive o prazer de conhecê-lo em vida, mesmo assim, aceitei o convite de passar a noite acordado na Capital, irresistível..., e a viagem então, melhor ainda... Para variar consegui convencer um amigo para ir junto, acho que sou bem persuasivo, imagina convencer alguém a ir junto num velório de um desconhecido. Não me senti bem no velório, não por não conhecedor o dito finado e a família, mas pelo ambiente, local muito chique.... nunca gostaria de se enterrado num local desses. O caixão foi levado a sepultura por uma espécie de elevador e percorreu uma enorme galeria subterrânea até encontrar o seu recinto definitivo, acima da sepultura um enorme gramado com placas indicando o local de cada indivíduo, sem nome nas placas, apenas um número de identificação, muito chique...to fora disso. Mas anterior a isso, meu amigo, curioso, enganou-se de velório, e trocou de defunto (havia vários velórios acontecendo ao mesmo tempo, mas de modo separado), permaneceu junto ao caixão de outro desconhecido, não do nosso defunto desconhecido. Como bom boêmio, chegou determinado momento na madrugada não suportei o tédio, resolvi tomar uma cervejinha. Deixei meu amigo no velório do defunto desconhecido e partí para a Farrapos, para quem não sabe ou é meio desavisado, na Avenida Farrapos se concentra o maior número de prostitutas e travestis por metro quadrado da Capital. É preciso tomar cuidado...após conseguir chegar a um determinado bar, e sentar, respirei alivado, ninguém me passou a mão na bunda ou em outro local. Mas como para tudo na vida, tem a primeira vez, entrei em contato com a "devassa", no começo fiquei meio incrédulo, mas topei o desafio. Para quem não sabe, "devassa", é o nome de uma nova cerveja que está no mercado. Com o sol para nascer, deixei as "devassas" de lado e resolvi voltar ao velório do desconhecido, pois meu amigo estava por lá a minha espera. Nesse meio tempo meu amigo já tinha percorrido todos os velórios, e sabia todos os detalhes do falecimento dos ditos cujos, ele é um bom relação pública. Eu gosto de andar, conhecer lugares diferentes, ele ao contrário, gosta mesmo é de conversar com desconhecidos. Foi uma longa noite...
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
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